Os servidores municipais de Belo Horizonte decidiram, durante assembleia realizada na tarde desta segunda-feira (6), continuar em greve geral. A paralisação dos trabalhadores de todas as áreas da PBH completa 7 dias. "O movimento continua porque a Prefeitura não ofereceu nenhuma nova prosposta", disse Israel Arimar, secretário-geral do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel). Conforme o sindicato, 70% dos servidores aderiram à greve e mais de três mil participaram do encontro desta tarde. O impasse com a PBH continua pelo menos até a próxima quinta-feira (9), quando a categoria irá realizar uma nova assembleia. O encontro será a partir das 9 horas. Passeata Da Praça da Estação, no Centro de BH, onde o encontro ocorreu, os servidores saíram em passeata rumo à sede da PBH, na avenida Afonso Pena. Por causa da manifestação, o Batalhão de Trânsito da Polícia Militar (BPTrans) informou que o trânsito é lento nas principais vias. Uma liminar conseguida da semana passada pela PBH impede que os servidores fechem as ruas e avenidas durante as manifestações no Centro da capital. "Estamos cumprindo a determinação e ocupando somente uma faixa das vias", contou Arimar. Reivindicação Participam do movimento servidores da saúde, educação, administração geral, fiscalização, Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), Sudecap, Belotur e fundações municipais de parque, cultura e zoobotânica. Os trabalhadores querem reajuste salarial de 22%, aumento no valor do vale-refeição. Além desses, outros sete pontos estão na pauta de reivindicação. A PBH ofereceu reajuste de 6,2%, correção de 6,67 no vale-refeição. Segundo a prefeitura, a aplicação desses índices terá vigência em dezembro de 2013, mesmo com a arrecadação municipal estando abaixo do previsto. Com o reajuste, a prefeitura gastará cerca de R$ 160 milhões a mais com despesas de pessoal em 2014. Em nota, a PBH alega que esse valor que representa aproximadamente um terço do que tem investido em obras com recursos próprios por toda a cidade. Os servidores já foram informados de que o pagamento dos dias paralisados está fora de negociação. Durante a greve, as unidades de saúde de urgência e emergência, como UPAs e o Hospital Odilon Behrens, estão funcionando com escala mínima de 30 a 40% dos profissionais trabalhando.