(Gil Leonardi/Imprensa MG)
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) precisará informar, em até cinco dias, os nomes e os cargos dos funcionários suspeitos de furar a fila da vacinação contra a Covid-19 em Minas. Além disso, terá que repassar as datas em que ocorreram a imunização.
O pedido foi feito nessa quarta-feira (10) à responsável técnica pela vacinação estadual, em ofício enviado pelo Ministério Público (MP). O documento faz parte de inquérito civil instaurado pelo órgão para investigar as denúncias de "fura-filas". Dentre os envolvidos, segundo o MP, há profissionais da comunicação e o chefe da pasta, o secretário Carlos Eduardo Amaral.
Na quarta, Amaral participou de uma reunião especial na Assembleia Legislativa (ALMG). Na ocasião, o gestor afirmou que recebeu a dose para dar o exemplo e devido à atuação dele no combate à pandemia, com visitas aos hospitais.
Além do Ministério Público, deputados estaduais entraram com requerimento para abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a imunização de pessoas fora do grupo prioritário. O pedido foi feito pelo deputado Ulysses Gomes (PT).
Nesta quinta-feira (11), o governador de Minas, Romeu Zema (Novo), reuniu-se com Amaral. Os encaminhamentos do encontro ainda não foram divulgados pelo governo. Nas redes sociais, Zema declarou que os atos de governo dele devem ser pautados pela transparência e correção. "É um princípio da minha gestão do qual não abro mão", disse.