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Sete a cada dez mortes por Covid-19 registradas em Minas desde o início da pandemia aconteceram este ano. O Estado soma mais de 40 mil vidas perdidas. O número elevado de óbitos em 2021 é reflexo das variantes mais agressivas e do impacto do segundo pico da doença, sobretudo em março e abril. A situação ainda pode piorar com uma possível terceira onda do coronavírus e a circulação de nova mutação, de origem na Índia.
Segundo dados do boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (SES), 28 mil pessoas com a forma grave da enfermidade morreram desde janeiro – até o fim do ano passado, eram 11,9 mil. De acordo com o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, o sistema de saúde está no limite.
“Não tivemos aquele intervalo longo entre a onda que passamos há pouco tempo e este momento de aumento de casos. Então, ainda não deu tempo de recuperarmos os estoques do kit intubação, que os leitos hospitalares reduzem a ocupação”, afirmou o chefe da pasta, em recente entrevista ao Hoje em Dia.
Para dar fôlego aos hospitais das regionais mais afetadas, o governo estadual está ampliando o número de leitos de UTI. “Não sabemos se será uma terceira onda, mas pode ser um pico. E qualquer pico com ocupação alta de CTI pode ser muito estressante para o sistema de saúde”.
Variantes
Na última quinta-feira, Minas registrou o primeiro caso da cepa indiana, em um morador de Juiz de Fora, na Zona da Mata. De acordo com o governo estadual, o paciente desembarcou da Índia em um aeroporto de São Paulo e, de lá, seguiu de carro até a cidade mineira.
Conforme a SES, 20 variantes do coronavírus já foram detectadas no Estado, duas consideradas como de atenção: a P.1, originária de Manaus, e a B.1.1.7, do Reino Unido. A P.2, do Rio de Janeiro, também pode ser potencialmente perigosa, mas faltam estudos aprofundados.
Segundo a secretaria, a vigilância é realizada pelas fundações Ezequiel Dias (Funed) e Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com a UFMG.
*Com informações de Renata Galdino e Marina Proton