Desfile das escolas de samba acontece de hoje a sábado (Riotur / Divulgação)
As últimas sete escolas das 14 que compõem o Grupo Especial no Rio de Janeiro desfilam entre a noite desta segunda-feira (4) e a madrugada desta terça-feira (5). A abertura do segundo e último dia de desfiles ficará por conta da São Clemente, que entra no Sambódromo às 21h15.
A escola amarela e preta, que se originou em Botafogo e hoje tem sede no centro da cidade, levará para a Marquês de Sapucaí, uma reflexão sobre o mundo do samba e uma homenagem aos antigos carnavais. Assim como a Império Serrano, em vez de trazer uma composição original, decidiu trazer uma reedição de um samba da agremiação, de 1990, ano em que a escola conquistou um sexto lugar, sua melhor colocação até hoje.
A tricampeã Unidos de Vila Isabel (1988, 2006 e 2013) é a segunda a entrar na Passarela do Samba, às 22h20. A azul e branco da Vila homenageia Petrópolis, a Cidade Imperial.
Às 23h25 entra na avenida a maior campeã do carnaval carioca, a Portela, que tem nada menos do que 22 títulos, sendo o último conquistado em 2017. A azul e branco de Madureira levará para o Sambódromo uma homenagem à cantora Clara Nunes e sua relação com o bairro de origem da escola de samba.
A União da Ilha do Governador, que assim como a São Clemente e a Acadêmicos do Grande Rio nunca levou um título do grupo especial para casa, será a quarta escola a desfilar, a partir de 0h30 de terça-feira. A tricolor (azul, vermelha e branco) da Ilha vai usar os escritores Rachel de Queiroz e José de Alencar para homenagear o Ceará.
A atual vice-campeã, Paraíso do Tuiuti, que tem as cores azul e amarelo e que também nunca ganhou um título no Grupo Especial, entra na avenida à 1h35. A agremiação de São Cristóvão vai usar a figura cearense do bode Ioiô para protestar contra a política brasileira.
A sexta escola a pisar na avenida, às 2h40, será a multicampeã Estação Primeira de Mangueira, que tem 19 títulos – o último deles de 2016. O enredo da verde e rosa vai falar sobre os heróis populares que não aparecem nos livros de história brasileira.
A segunda noite de Carnaval no Sambódromo termina com o desfile da Mocidade Independente de Padre Miguel, que entra na Sapucaí às 3h45, com um enredo sobre o tempo. A escola da zona oeste busca repetir o feito de 2017 e conquistar seu sétimo título.
Trinta e seis jurados avaliarão as escolas em nove quesitos: mestre-sala e porta-bandeira, bateria, samba-enredo, harmonia, evolução, enredo, alegorias e adereços, fantasias e comissão de frente. Cada quesito receberá uma nota de 9,0 a 10, com variação de casa decimal (como 9,1 ou 9,8, por exemplo).
As duas últimas colocadas serão rebaixadas para o Grupo de Acesso, enquanto a campeã do Grupo de Acesso desfilará no Grupo Especial em 2020. As seis primeiras colocadas voltam a desfilar no sábado (9).
Para entender o desfile
Cada escola de samba tem no mínimo 65 minutos e no máximo 75 minutos para desfilar; pelo menos 200 ritmistas na bateria; pelo menos 70 baianas; de 5 a 6 alegorias; de 10 a 15 pessoas na comissão de frente; máximo de 200 diretores e de 2,5 mil a 3,5 mil componentes
Segue a ordem do desfile da noite de hoje:
Às 21h15: São Clemente
Entre 22h20 e 22h30: Vila Isabel
Entre 23h25 e 23h45: Portela
Entre 0h30 e 1h: União da Ilha do Governador
Entre 1h35 e 2h15: Paraíso do Tuiuti
Entre 2h40 e 3h30: Mangueira
Entre 3h45 e 4h45: Mocidade Independente de Padre Miguel