Sindicato patronal faz nova proposta e professores de escolas particulares definem se encerram greve

Janio Fonseca
jfonseca@hojeemdia.com
04/05/2018 às 16:21.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:40
 (Alexandre Simões)

(Alexandre Simões)

O fim da greve dos professores da rede particular de ensino de Belo Horizonte e Região Metropolitana pode estar perto. Em assembleia geral do Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (SINEP/MG), realizada na manhã desta sexta-feira (4), os donos de escola aprovaram a proposta feita pelo desembargador mediador do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), na audiência de conciliação feita na segunda-feira (2). O desfecho depende da assembleia geral do Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro/MG), que será realizada no fim da tarde desta sexta-feira (4).

Sobre pontos pendentes como as contribuições sindicais e assistenciais, a ata da reunião do TRT diz que o SINPRO "abre mão da cláusula que dispõe acerca da contribuição sindical/taxa assistencial", sendo estas feitas, conforme a lei, mediante autorização individual e entregues por escrito por cada docente”, segundo consta no documento.

De acordo com o SINEP/MG, das 970 instituições de ensino particular de BH e Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, apenas cinco estão totalmente paralisadas e uma parcialmente. O Sindicato dos Professores não apresentou balanço atualizado de colégios que estão paralisados. No início da greve, de acordo com Sinpro Minas, 60 instituições estavam totalmente ou parcialmente paralisadas.

Divergência entre pais

Em torno do Colégio Magnum do bairro Cidade Nova, pais e mães dos alunos travaram uma discussão por faixas fixadas nos postes, com posicionamentos sobre o movimento grevista. É possível visualizar quatro faixas pelas ruas do bairro com conteúdo relacionado à greve dos professores da rede particular de ensino.

No cruzamento das ruas Caconde e São Gonçalo, por exemplo, no quarteirão onde fica a escola, é possível visualizar duas faixas, no mesmo local de fixação, uma de apoio e outra contrária à mobilização dos professores.

Apesar das manifestações pró e contra, o Colégio Magnum retomou as atividades normais desde a última quinta-feira de abril.

Veja as propostas aprovadas pelo SINEP e que serão votadas pelo Sinpro:

1 – reajuste salarial pelo INPC (1,56%);
2 – homologação da rescisão parcial (redução da carga horária) e do aposentando pelo sindicato. No tocante à rescisão do contrato de trabalho a homologação ocorrerá nos casos em que a duração do contrato for superior a dois anos no estabelecimento de ensino, desde que requerido por escrito pelo empregado no prazo de dois dias úteis depois da comunicação da sua dispensa;
3 – em razão do acordo para por termo a greve com assinatura da nova CCT, fica assegurado ao professor ou professora que participou do movimento grevista a garantia do pagamento dos dias parados, que deverão ser objeto de reposição e nenhuma punição por motivo de participação na greve;
4 – vigência de um ano do instrumento normativo.

Escolas em greve, de acordo com SINEP:

- Colégio Imaculada Conceição
- Colégio Batista Mineiro
- Escola da Serra
- Obra Social São José
- Colégio Arnaldo (Unidade Anchieta)
- Colégio Balão Vermelho (parcialmente paralisada)

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