Pacientes com síndrome de pica têm vontade de ingerir coisas não comestíveis (Reprodução / Redes Sociais)
Uma discussão sobre a síndrome de pica, um transtorno alimentar que provoca vontade incontrolável de ingerir coisas, objetos ou produtos que não são comestíveis e não têm nenhum valor nutricional, tem ganhado espaço nas redes sociais nos últimos dias. Os produtos consumidos podem ser dos mais variados tipos, como tijolo, papel, sabão, giz, terra, pedra, carvão e gelo.
Apesar de parecer um transtorno "curioso", médicos alertam que a síndrome de pica pode trazer consequências graves à saúde do paciente, incluindo obstrução intestinal, perda de peso, vômitos, intoxicação e, dependendo do produto consumido, pode até ser fatal.
De acordo com o site do Instituto de Neurociências Dr. João Quevedo, de Santa Catarina, a síndrome, cientificamente conhecida como alotriofagia, também é considerada uma disfunção de saúde mental. Alguns pacientes com depressão, esquizofrenia, autismo e transtorno obsessivo compulsivo (TOC) podem apresentar a condição. O comportamento costuma causar sofrimento e necessita de acompanhamento psiquiátrico.
Tratamento
Segundo o instituto, o tratamento da alotriofagia começa com a descoberta do que a está causando.
Caso sejam detectadas deficiências nutricionais no paciente, ele pode realizar a suplementação por meio de medicamentos ou com mudanças na dieta.
Se a alotriofagia for resultado de uma doença mental, deverá ser realizado um acompanhamento multidisciplinar para ajudar o paciente, inclusive com a realização de tratamento psicológico ou psiquiátrico.
Já quando o transtorno ocorre durante a gravidez, que é comum, o comportamento, na maioria das vezes, acaba após o fim da gestação ou até mesmo depois de um breve período.
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