(Guilherme Bergamini/ALMG/Divulgação)
Deputados estaduais visitaram e denunciaram, nesta quarta-feira (15), a situação precária de operação do 1º Batalhão do Corpo de Bombeiros de Belo Horizonte. A unidade está localizada no bairro Cruzeiro, na região Centro-Sul da capital. Conforme o relato dos parlamentares, há falta de materiais básicos, como luvas, cortas e ataduras usados em ações de resgate. “Encontramos uma situação de verdadeira calamidade”, afirmou o deputado Sargento Rodrigues (PDT), presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Ele classificou que as condições de logística e de funcionamento do 1° Batalhão são piores em comparação ao 2° e 3° Batalhões de Bombeiros, já visitados anteriormente. Outro problema, segundo o deputado, foi quanto ao número de viaturas paradas no batalhão. De acordo com um levantamento entregue ao deputado, 20 carros encontram-se em manutenção e oito serão inutilizados, por não terem conserto. A precariedade do vestiário feminino também chamou a atenção do parlamentar. Entre os problemas encontrados no local, estão janelas com vidros quebrados, armários com portas caindo e paredes mofadas. Durante a visita, o deputado também encontrou produtos utilizados para reduzir o pH da água da piscina vencidos desde junho de 2012, além da casa de máquinas, usada para filtrar a água da piscina, desativada. “Está muito pior do que eu imaginava”, disse o deputado. A mencionar a lei que instituiu a cobrança da taxa de incêndio e que prevê que um mínimo de 50% do valor arrecadado seja destinado à aquisição de equipamentos para os bombeiros, o deputado Sargento Rodrigues lamentou a falta de repasses de recursos para custeio dos batalhões. “Vai chegar a uma situação em que os bombeiros vão ter que fechar as portas”, alertou. De acordo com o parlamentar, o próximo passo da comissão vai ser a realização de uma audiência pública, no qual serão chamados o Comando Geral dos Bombeiros, os secretários de Estado de Fazenda e de Planejamento e Gestão, além do Ministério Público. A capitão Laila Estér Magalhães Oliveira Medeiros considerou que alguns processos de melhoria do batalhão são lentos e burocráticos, pois devem seguir um trâmite próprio da administração pública, necessário para garantir a lisura de todo o procedimento. Vestiário está com janelas quebradas e mofo. (Foto: Guilherme Bergamini / ALMG / Divulgação)