Slowmovie estimula mineiros a ocuparem espaço público em BH

Gabriela Sales - Hoje em Dia
05/09/2015 às 19:35.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:39
 (Flávio Tavares/Hoje em Dia)

(Flávio Tavares/Hoje em Dia)

A proposta de ocupar o espaço público e desacelerar da exaustiva rotina das grande capitais atraiu neste sábado os belo-horizontinos para a praça Floriano Peixoto, no Santa Efigênia, região Leste de Belo Horizonte. Ao ar livre e perto da natureza, o público participou de oficinas de arte, gastronomia, música e atividades para as crianças, como oficinas de bonecos, contação de histórias e o resgate de brincadeiras de rua.

Nos gramados da praça, cadeiras de praias, cangas e muita descontração. “É um bom lugar para curtir com a família e amigos”, disse a coordenadora da escola de dança 1º Ato, Renata Mares, de 41 anos. O “SlowMovie”, que há sete anos toma conta dos espaços culturais de São Paulo, chegou na capital mineira com o objetivo de aproximar a população de eventos culturais nos espaços públicos. “Aliamos a natureza com atividades culturais. São momentos que geralmente não conseguimos ter durante a correria do dia a dia”, explica a idealizadora do projeto, Tatiana Weberman.

Tatiana explica que, além de propiciar momentos de descanso, o projeto valoriza a cultura local. “Há um cuidado de destacar a cultura regional e valorizar a arte da cidade”.

Filme
Assim que escureceu, o filme Pequena Miss Sunshine (2006), vencedor de dois Oscar, foi exibido para os frequentadores do evento. “Um espaço que possibilita a população ter acesso a cultura, coisa que deveria ser constante”, disse a dentista Cristiana Mattos Guimarães, de 42 anos.

Para a criançada, a principal atração foi descobrir o mundo encantado das brincadeiras de rua. Pular corda, brincar de amarelinha e queimada foram algumas das atrações para a meninada. A pequena Sophia Valente, de 8 anos, ficou encantada com as cantigas de roda. “Adoro pular corda. Brincar na praça possibilita fazer novos amigos”, disse.

Para a mãe, a professora Polyana Valente, de 38 anos, ocupar o espaço público significa fazer as crianças conhecerem um pouco do universo que foi vivido pelos pais na infância. “As crianças de hoje não sabem o que é brincar na rua. A tecnologia é importante, mas interagir com outras crianças no espaço público também é importante”, opina.

Nas oficina de crochê e tricô, os jovens foram o destaque no grupo de trabalho. “Me lembro da minha avó. Fico feliz em estar em um local onde coisas simples possam ser passadas de geração em geração”, disse Anna Cecília Alves, de 18 anos.

Gastronomia
Os sabores foram comandados pelas food bikes. “Guloseimas que tiram qualquer um da dieta”, brincou a funcionária pública Amanda Bernardes, de 58 anos.

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