O número de casos suspeitos de hepatite aguda infantil, de origem misteriosa, que estão sendo investigados em Minas Gerais, nesta sexta-feira (13), subiu para cinco. Até a última quarta-feira (11), o Estado estava apurando quatro casos, dois em Belo Horizonte e dois em Juiz de Fora, na Zona da Mata.
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), nos últimos dois dias, dois novos possíveis casos foram notificados, mas um já foi descartado.
Conforme a SES-MG, as novas ocorrências foram registradas na cidade de Montes Claros, no Norte de Minas. Um caso foi classificado como "descartado" e outro segue como "em investigação". Já os casos de Juiz de Fora e Belo Horizonte estão sendo considerados "prováveis" e seguem em acompanhamento.
Os principais sintomas relatados foram dor abdominal e vômitos, acompanhados de alterações de enzimas hepáticas. A idade das crianças não foi divulgada.
Em nota enviada à imprensa, a Secretaria informou que a maioria das crianças afetadas pela doença não foram vacinadas contra a Covid-19 e que, no momento, não existe uma relação dos casos com a imunização.
"Em alguns pacientes, foi detectada a presença dos vírus adenovírus e SARS-CoV-2 (coronavírus). No entanto, ainda não existem dados suficientes para estabelecer uma relação causal entre esses agentes infecciosos e o quadro clínico dos pacientes", afirmou a SES-MG.
Situação mundial
A primeira morte relacionada à hepatite aguda misteriosa foi registrada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no último sábado (30). O órgão afirmou que, pelo menos, 17 jovens precisaram de transplante de fígado e que existem cerca de 384 casos prováveis da doença no mundo. Além disso, a OMS descartou qualquer relação com a vacina da Covid-19.
O que é a hepatite aguda?
Os casos identificados se assemelham pela condição de hepatite aguda, que consiste na inflamação abrupta do fígado, com enzimas hepáticas acentuadamente elevadas.
A origem dos casos confirmados no mundo é considerada misteriosa porque os patógenos conhecidos por causar a doença – vírus da hepatite A, B, C, D e E – não foram detectados.
Quais são os sintomas e o tratamento?
Muitos casos de hepatite aguda apresentaram sintomas gastrointestinais, incluindo dor abdominal, diarreia e vômitos e aumento dos níveis de enzimas hepáticas, além de icterícia (pele amerela) e ausência de febre.
O tratamento atual busca aliviar os sintomas, manejar e estabilizar o paciente se o caso for grave. As recomendações de tratamento podem ser aprimoradas assim que a origem da infecção for determinada.
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