Trupe de palhaçaria se apresenta no sábado (26), às 10h, na Praça 7
(Élcio Paraíso/Bendita Conteúdo/Divulgação)
A magia contagiante da palhaçaria transcende os muros dos hospitais e ganha um novo palco no coração de Belo Horizonte. A trupe Sociedade do Riso é a convidada especial do Grupo Somos no espetáculo que será apresentado neste sábado (26), às 10h, no palco Carijós, como parte da vibrante programação do Festival Viva Praça 7.
O Grupo Somos, uma formação experimental do programa Somos Comunidade, reúne 20 jovens artistas talentosos das periferias de Belo Horizonte e Contagem. Com uma energia contagiante, o espetáculo do grupo mescla coreografias de dança clássica, jazz e ritmos urbanos, embaladas pela percussão pulsante ao vivo. A apresentação ganha um toque especial com a participação da Sociedade do Riso, que vive uma experiência inédita ao levar sua arte, tradicionalmente vista em ambientes hospitalares, para o palco de um grande festival urbano.
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A apresentação também contará com a participação dos percussionistas do grupo Arautos do Gueto e as vozes marcantes dos cantores Adrianna Moreira e Maurício Tizumba, prometendo uma manhã rica em musicalidade e expressão artística.
Parceira do Somos Comunidade, a Sociedade do Riso é formada por médicos, colaboradores da Unimed-BH e artistas voluntários e profissionais unidos pelo desejo de levar leveza e transformação através da palhaçaria. Criada em 2002, a iniciativa nasceu da colaboração entre artistas como Rodrigo Robleño e o renomado grupo Armatrux. Desde 2013, o projeto expandiu sua atuação para hospitais e lares de idosos, promovendo encontros artísticos em espaços de vulnerabilidade social.
A participação dos palhaços no espetáculo do Grupo Somos simboliza uma rica troca entre gerações e diferentes linguagens artísticas. "Mais do que fazer rir, a Sociedade do Riso trabalha com a dramaturgia do encontro, promovendo o bem-estar, a escuta e a presença verdadeira junto ao público", explica Rodrigo Robleño. Para ele, dividir o palco com os jovens talentos é um convite à ludicidade, ao brincar e à alegria como um modo essencial de viver. "A gente acredita que projetos como o Somos Comunidade oferecem uma pausa necessária na correria da vida. Um momento de verdade, de expressão, de convivência, de humanidade", completa o artista.
Para os jovens do Grupo Somos, a chegada dos palhaços aos ensaios foi uma surpresa enriquecedora. Acostumados a meses de dedicação às coreografias de dança, eles se depararam com o universo do improviso e da escuta sensível da palhaçaria. Dois mundos distintos que se encontraram no desejo comum de tocar o público. “A gente aprende muito vendo esses meninos dançarem. Eles têm garra, brilho. E eles também aprendem com a gente. É uma troca bonita”, compartilha Elaine Cristina, a palhaça Chiriri, que acompanhou a criação do grupo.
O repertório da apresentação é composto por performances inspiradas em canções que evocam temas como coletividade, afeto e transformação, incluindo músicas como “Vilarejo” (Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown e Marisa Monte), “Quem tem um amigo tem tudo” (Emicida), “Peça Felicidade” (Melim), “Mudar o Mundo” (Tic Tacs), “Que Beleza” (Tim Maia) e “Vai na Fé” (Negra Li). A apresentação integra a etapa formativa do Ciclo III do Programa Somos Comunidade – Formação e Circulação, que conta com o patrocínio do Instituto Unimed-BH e tem como objetivo capacitar e dar visibilidade a jovens talentos das periferias da Região Metropolitana de Belo Horizonte.