Solo no Médio Rio Doce corre o risco de virar deserto

Daniel Antunes - Do Hoje em Dia
18/11/2012 às 10:22.
Atualizado em 21/11/2021 às 18:22
 (Leonardo Morais)

(Leonardo Morais)

CONSELHEIRO PENA – Um minucioso levantamento feito por técnicos do Instituto Terra em 421 pequenas propriedades rurais, na região de divisa entre Minas Gerais e Espírito Santo, revela que apenas 20% da área analisada (14,7 mil hectares) é passível de recuperação e adequação ambiental.

O resultado da pesquisa ainda indica a necessidade urgente de reflorestamento em Áreas de Proteção Permanente (APPs) e a recomposição da Reserva Legal, conforme legislação do meio ambiente.

Alternativa

O sinal de alerta apresentado pelo estudo é alternativa para frear o acelerado processo de degradação e deser-tificação do solo provocado, principalmente, por queimadas e desmatamento.

Da área total analisada em Minas, o Instituto Terra promoveu o zoneamento físico e ambiental em 9 mil hectares, atingindo 189 propriedades. No Espírito Santo são outros 5,7 mil hectares, relativos a 232 fazendas. Todas as unidades estão localizadas no domínio do bioma Mata Atlântica.

Os estudos de zoneamento físico e ambiental aconteceram entre 2010 e 2011, e foram custeados pela Fundação Banco do Brasil.

Mau uso

“A situação verificada ocorre, principalmente, em função do mau uso do solo. Essas áreas são exploradas há mais de quatro décadas pela criação de gado. Observamos pouca, ou quase nenhuma ocorrência de Mata Atlântica nessas áreas. Agora, o instituto tem um diagnóstico preciso da situação de boa parte do Médio Rio Doce”, afirmou o técnico de expansão ambiental do Instituto Terra, Tiago Herzog.

Para a assistente de expansão ambiental do Instituto Terra, Juliany Morosini, o resultado da pesquisa revela solo pobre e que tem contribuído para o assoreamento de córregos e rios na região.

Ao final, cada produtor recebeu relatório com diagnóstico da atual situação e um documento com as adequações a serem feitas para se ajustarem às leis ambientais.
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