Sinal verde para a Linha 3 do metrô de Belo Horizonte, que irá ligar a região da Savassi ao bairro Lagoinha, na região Noroeste. As intervenções no solo para receber o transporte de passageiros ao longo de 4,5 km de extensão são viáveis, conforme mostra sondagem finalizada em março e divulgada na última terça-feira (2) pela Secretaria de Transportes e Obras Públicas (Setop).
A Linha 3 será totalmente subterrânea, com cinco estações. Iniciadas em setembro, as perfurações foram realizadas em 180 pontos, a uma profundidade média de 35 metros. O perfil geológico observado é composto por terra e rochas. A metodologia para abertura de túneis, tipos de fundação e formas de contenção serão definidas no projeto executivo, porém, sem data prevista.
Uma licitação por meio de parceira público-privada será aberta para a execução das obras da Linha 3. A empresa vencedora irá operar e manter o sistema, em um prazo de concessão de 30 anos. Em breve, o governo do Estado vai assinar um contrato no valor de R$ 60 milhões com a Caixa Econômica Federal para elaboração dos projetos de engenharia.
Os recursos serão aplicados na elaboração de estudos para obras de expansão da atual Linha 1 (trecho Eldorado ao Novo Eldorado, em Contagem) e construção da Linha 2 (do Barreiro ao Nova Suíça, na região Oeste) e da Linha 3. Os projetos das três linhas têm prazo contratual de execução de um ano.
Morosidade
O imbróglio em torno do metrô de Belo Horizonte se arrasta há mais de duas décadas. Em 2011, a presidente Dilma Rousseff visitou Belo Horizonte e garantiu a ampliação do transporte de massa, mas o total de recursos não está assegurado. A previsão é de que sejam necessários R$ 3,1 bilhões. A União participará com R$ 1 bilhão, o Estado com R$ 750 milhões e o restante será dividido entre o governo de Minas, prefeituras e iniciativa privada.
Atualmente, o metrô da capital mineira opera apenas a linha Eldorado-Vilarinho, com 28,1 km de extensão e 19 estações. O ramal atende cerca de 217 mil usuários diariamente.