(Leonardo Morais)
A polêmica envolvendo o tombamento do Cine Brasil de Caratinga, no Vale do Rio Doce, tem mais um capítulo. Nesta semana, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou o pedido da prefeitura para o prosseguimento da demolição do prédio, inaugurado em 1947. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) já havia suspendido as obras por meio de liminar. Caso as determinações sejam descumpridas, a prefeitura e proprietários do imóvel serão multados em R$ 5 milhões. Em julho, o prefeito João Bosco Pessine arquivou um pedido de tombamento do imóvel e liberou a demolição. Parte do telhado e da fachada foram desfigurados e paredes internas, derrubadas. O Ministério Público acionou a Justiça para preservar o imóvel. Na ação da Justiça, figuram como réus a Distribuidora de Tecidos São Thiago Ltda, representada pelo proprietário do cinema, Wantuil Teixeira de Paula, e o município. “A decisão do STJ é apenas mais uma liminar. Estamos recorrendo e vamos provar que a demolição é a melhor alternativa para a cidade”, diz uma das donas do prédio, a empresária Fanny Pereira. Segundo ela, o cinema fechou há cinco anos, depois de várias tentativas de ocupação, mas nada deu certo. A proposta é construir lojas e apartamentos, e no futuro, transformar o espaço em um shopping. A prefeitura não se manifestou.