Ibirité

Suspeito de asfixiar esposa e mudar cena do crime para forjar morte natural é indiciado na Grande BH

Homem confessou ter agredido a vítima, afirmando que no dia estavam sob o efeito de drogas, mas disse não se lembrar de a ter matado

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Publicado em 07/04/2025 às 14:07.
“Apurou-se que a relação do casal era bastante conturbada, e que a vítima era constantemente agredida fisicamente pelo companheiro”, destacou o delegado Welington Faria (Divulgação / PCMG)

“Apurou-se que a relação do casal era bastante conturbada, e que a vítima era constantemente agredida fisicamente pelo companheiro”, destacou o delegado Welington Faria (Divulgação / PCMG)

As investigações sobre a morte de uma mulher de 26 anos, encontrada sem vida no dia 27 de março deste ano, na cidade de Ibirité, Região Metropolitana de Belo Horizonte, resultaram no indiciamento de um homem, de 28, companheiro da vítima. A conclusão da Polícia Civil de Minas foi divulgada nesta segunda-feira (7).

A investigação apontou o envolvimento do suspeito nos crimes de feminicídio e fraude processual. O casal estava junto há 13 anos - relacionamento iniciado quando ainda eram adolescentes - e tinha dois filhos.

De acordo com o laudo de necropsia, a vítima foi morta por asfixia por constrição externa do pescoço (esganadura). Indícios apontam que a mulher foi assassinada em 26 de março, sendo o corpo dela encontrado pelos sogros no dia seguinte, no quarto onde dormia o casal. A vítima apresentava diversas lesões no rosto e no corpo.

Assim, com base nas investigações, a Polícia Civil representou pela prisão preventiva do suspeito, que se apresentou espontaneamente no dia 30 de março para o cumprimento da ordem judicial. O homem confessou ter agredido a vítima, afirmando que no dia dos fatos ambos estavam sob o efeito de drogas. Porém, ele alega não se recordar de ter asfixiado a mulher.

“A equipe de investigadores conseguiu encontrar uma sacola de lixo, na qual havia roupas da vítima sujas de sangue, pinos de cocaína e um pano também sujo de sangue”, contou o delegado Welington Faria.

Segundo o policial, após o crime, o suspeito teria trocado a roupa da vítima, limpado a cena do crime e colocado o corpo da mulher sobre o colchão, no intuito de forjar uma morte natural.

De acordo com Faria, todas as evidências reunidas durante as investigações apontaram que já havia um histórico de violência do suspeito contra a esposa.

“Apurou-se que a relação do casal era bastante conturbada, e que a vítima era constantemente agredida fisicamente pelo companheiro”, destacou.

Inclusive, testemunhas relataram que, no dia do crime, foi possível ouvir brigas e discussões vindas da casa onde a mulher morava com o suspeito.

O delegado contou ainda que o investigado já havia sido preso em flagrante, no dia 6 de dezembro de 2024, por agredir a companheira. Após a liberação do suspeito, o casal voltou a morar na mesma residência.

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