Crime ocorreu após vítima sair do trabalho mais tarde: investigado teria ligado para ela por diversas vezes e a acusado de traição
Investigação tramitou na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), em Ribeirão das Neves (Reprodução / Google Street View)
A Polícia Civil de Minas divulgou, nesta quarta-feira (4), que concluiu o inquérito que apurou uma tentativa de feminicídio em Ribeirão das Neves, Região Metropolitana de Belo Horizonte. O investigado, de 33 anos, foi indiciado por jogar álcool e atear fogo no corpo da companheira, de 42, em novembro do ano passado, por ela ter se negado a fornecer a senha do aparelho celular.
A investigação tramitou na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), em Ribeirão das Neves, e, segundo apurado, a vítima era vigiada pelo companheiro.
“Em suas declarações, a vítima narrou um relacionamento abusivo e foi, aos poucos, afastada do convívio de amigos e da família. Tinha o aparelho celular vigiado pelo investigado, que a proibia de manter quaisquer contatos com outros familiares sem a sua supervisão”, informa a delegada Cristiane Gaspari, responsável pela investigação.
O crime ocorreu em 1º de novembro, após a vítima sair do trabalho mais tarde, o que fez com que o investigado ligasse por diversas vezes para ela e acusá-la de traição.
“Enquanto a mulher tomava banho, o investigado pegou o celular dela, mas ao acessar percebeu que a vítima havia alterado a senha e ordenou que dissesse a nova. Como ela se negou a fornecer o acesso, o homem jogou álcool e um pedaço de papel com fogo no corpo da companheira”, detalha Gaspari.
A vítima foi socorrida pelo vizinho e passou por algumas cirurgias, ficando hospitalizada por 45 dias. No decorrer das investigações, o investigado voltou a fazer contato com a mulher e ainda a vigia por meio das redes sociais. Ele teve a prisão preventiva decretada e é procurado.
O inquérito foi finalizado na última segunda-feira (2) com indiciamento do suspeito por tentativa de feminicídio, foi remetido à Justiça.