(Reprodução)
Um homem de 30 anos preso neste sábado (25) em Belo Horizonte, sob acusação de ter esquartejado a mãe, de 52, passou duas horas com um psiquiatra na última sexta-feira (24), após ter cometido o crime. A informação é da delegada de Homicídios e Proteção à Pessoa de Santa Luzia, na Grande BH, Adriana Rosa - titular do inquérito.
Recolhido ao Ceresp da Gameleira, na capital, o suspeito teria matado e esquartejado a própria mãe na última quinta-feira (23) e colocado as partes do corpo dela em uma mala, encontrada no bairro Canaã, divisa entre BH e Santa Luzia. A cabeça da mulher não estava na mala e continua desaparecida, conforme a delegada.
Carreto
A polícia apurou que o suspeito pagou R$ 50 a um homem que faz carretos para que transportasse a mala com o corpo da mãe até o local onde foi deixada e, posteriormente, encontrada. Câmeras de segurança ajudaram a polícia a identificar quem fez o carreto e, assim, chegar até o suspeito, preso dentro de uma igreja.
A delegada responsável pelo caso revelou que a vítima foi identificada no IML pelas impressões digitais. A mulher e o filho teriam atritos constantes, de acordo com o que a Polícia Civil apurou com familiares. Ao ser ouvido, o filho apresentou muita perturbação, segundo informou a delegada.
De acordo com a família, o homem sofreria de transtornos psiquiátricos e seria usuário de drogas. “Encontramos uma pequena quantidade de drogas com ele, que seria para consumo próprio”, acrescentou a delegada Adriana Rosa.
Ficha criminal
O homem tem passagens pela polícia por uso de documento falso e estupro de vulnerável, crime pelo qual ficou preso por cerca de dois meses e meio, em 2012.
Na última sexta-feira, ele foi, acompanhado por uma irmã, ao psiquiatra com quem fazia tratamento, depois de já ter cometido o crime. Ele não teria feito feito nenhum comentário a respeito com o profissional nem com a família.
Segundo a delegada, ele deve responder por homicídio qualificado, cuja pena prevê reclusão de seis a 20 anos.