Suspeito de matar dois empresários no Sion vai a júri

Carlos Calaes - Do Hoje em Dia
12/09/2012 às 20:51.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:14
 (Eugênio Moraes/Arquivo)

(Eugênio Moraes/Arquivo)

Após quatro adiamentos, o estudante de direito Arlindo Soares Lobo, de 35 anos, deverá, finalmente, ir a júri popular. Ele é um dos oito acusados de envolvimento na morte, decapitação e tentativa de ocultação dos corpos dos empresários Fabiano Ferreira Moura, de 36 anos, e Rayder Santos Rodrigues, de 39, no bairro Sion, em abril de 2010.  Segundo a assessoria de imprensa do Fórum Lafayette, o julgamento está previsto para começar às 8h30 de sexta-feira (14), no 2º Tribunal do Júri. A sessão deverá ser presidida pelo juiz Glauco Eduardo Soares Fernandes. A acusação ficará a cargo do promotor Francisco de Assis Santiago.   Crimes   Lobo foi pronunciado por homicídio qualificado, extorsão, destruição e ocultação de cadáver e formação de quadrilha. O advogado criminalista Marco Antônio Siqueira trabalha para provar a inocência de Lobo nos dois homicídios. “Ele pecou, pois deveria ter denunciado o sequestro dos dois, mas não participou dos crimes”, resumiu Siqueira. Lobo está preso no Presídio Inspetor Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves (RMBH).   O estudante deveria ter sido julgado em 9 de maio passado, mas a defesa alegou problemas de saúde e obteve a remarcação para sexta-feira. Em dezembro de 2011, Lobo teve o julgamento adiado pela terceira vez, novamente por problemas de saúde.    Segundo o advogado, seu cliente, que cursava direito na época do crime, foi atraído pelo publicitário Frederico Flores – suposto chefe do esquema criminoso – para atuar como motorista e estagiário, além de ajudar nos negócios.   Processo   Ao todo, oito pessoas respondem pelo assassinato dos empresários. Foram arrolados também o publicitário Frederico Flores, apontado como líder do grupo, os ex-militares Renato Mozer (já condenado) e André Luiz Bartolomeu, além do garçom Adrian Grigorcea.   Os outros denunciados são a médica Gabriela Costa, o advogado Luiz Astolfo e o pastor Sidney Benjamin. Estes conseguiram habeas corpus e respondem ao processo em liberdade. Eles também deverão ir a júri popular.

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