"Ele se envolvia com homens mais velhos; pedia presentes, doações e, quando esses pedidos eram negados, respondia de forma mais agressiva", detalha delegado Lucas Nunes
Delegado Lucas Nunes deu detalhes da investigação que levou ao indiciamento do suspeito de matar o engenheiro de 54 anos (Fernando Michel / Hoje em Dia)
Um homem de 23 anos foi indiciado pela Polícia Civil pela morte de um engenheiro. de 54, cujo corpo foi encontrado em local ermo e muito machucado em um terreno baldio no bairro Cachoeirinha, região Nordeste de Belo Horizonte, em junho deste ano. O suspeito, que tinha um caso com a vítima, mora em Esmeraldas, na região metropolitana, próximo ao local onde foi encontrado o carro do engenheiro.
Ele está foragido e vai responder pelo homicídio triplamente qualificado. Em entrevista coletiva realizada nesta terça-feira (17), a Polícia Civil deu detalhes da investigação e, também, do perfil do indiciado.
"Ele se envolvia com outros homens mais velhos, tinha interesse no patrimônio deles. Ele pedia presentes, doações e coisas do tipo, e quando esses pedidos eram negados, ele respondia de forma mais agressiva", informou Lucas Daniel Alves Nunes, delegado da delegacia especializada de homicídios de BH.
De acordo com a Polícia Civil, o inquérito teve início assim que o corpo foi encontrado em um local ermo. O carro, sujo de sangue, foi localizado em Esmeraldas, próximo à casa do suspeito, com quem teve um relacionamento.
"Foram feitas a análise telefônica e bancária, e percebemos uma retirada de cerca de R$40 mil. Ele teve vários relacionamentos desse, mas nem todos registraram ocorrência por medo de preconceito e medo de serem expostos", destacou o delegado.
Ainda de acordo com Lucas Nunes, foi um crime "de muita covardia", já que o corpo tinha indícios de que o engenheiro sofreu diversas agressões. A causa da morte foi por asfixia.
"Ele acreditava estar se relacionando com uma pessoa do bem, que inclusive, tinha marcado de ir dormir na casa dele no dia dos acontecimentos. Não tinham um relacionamento reconhecido pelos familiares próximos, mas era alguém que ele via com frequência. A vítima tinha um perfil muito pacato, era alguém que não se expunha muito", finalizou o delegado.