Arma usada no crime pertencia a esposa, delegada da Polícia Civil, e passará por perícia antes da conclusão das investigações
Detalhes a investigação foram dados nesta terça-feira (Maurício Vieira)
O empresário, casado com uma delegada da Polícia Civil (PC) e suspeito de matar um gari de 44 anos em Belo Horizonte, não tem porte de arma. A pistola calibre 380, que pertence à policial e pode ter sido usada no crime, ainda será periciada, segundo informou a PC nesta terça-feira (12). O homem negou ter cometido o assassinato, mas as investigações apontam fortes indícios para a autoria do crime. Ele segue preso.
Conforme a PC, o suspeito confirmou que a delegada tinha duas armas em casa: uma de uso corporativo e outra, particular. À corregedoria, a delegada afirmou que o marido não tinha acesso às armas. Ela também disse que desconhece a participação do homem no crime. A arma foi encaminhada para perícia, que tem o prazo de dez dias para realizar os exames necessários.
Preso, o suspeito disse à Polícia Civil que estava em uma empresa em Betim, na hora do crime. No entanto, a PC garante ter elementos suficientes para comprovar a autoria, como a placa do carro, imagens, calibre da arma e o relato de testemunhas.
Informações apuradas pelos investigadores possibilitaram a identificação do suspeito "pelo tipo físico", segundo informaram delegados do Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
O crime ocorreu após discussão de trânsito no bairro Vista Alegre, na região Leste de BH, enquanto a vítima trabalhava. O corpo de Laudemir de Souza Fernandes foi enterrado nesta quarta em Contagem, na Grande BH. A despedida ficou marcada por indignação de familiares e amigos e clamor por justiça.
*Estagiária, sob supervisão de Renato Fonseca
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