Decisão revoga prisão preventiva após investigação da Polícia Civil apontar que homem não estava no local do crime
Suspeitos de envolvimento na morte de adolescente foram presos em Governador Valadares; crime está ligado à disputa por pontos de drogas (Maurício Vieira / Hoje em Dia)
A Justiça de Minas Gerais revogou a prisão preventiva de um homem que havia confessado ter matado um policial penal de 42 anos no bairro Tropical, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A decisão foi tomada após a investigação da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) constatar que o suspeito, na verdade, estava em outro local no momento do crime.
O juiz Elexander Camargos Diniz, responsável pelo caso, afirmou em sua decisão que, com base nas novas provas, "a autoria do crime não pode ser atribuída à pessoa do investigado". Ele destacou que, sem indícios suficientes de autoria, um dos pressupostos para a prisão preventiva deixa de existir.
O crime ocorreu no sábado (13), quando o policial penal foi encontrado morto a facadas em sua casa, que estava revirada. O carro da vítima foi localizado batido em um muro. Após buscas, a Polícia Militar encontrou o suspeito, que apresentava comportamento alterado e confessou o crime. Em depoimento, ele disse ter usado drogas com a vítima e alegou ter agido em legítima defesa, pegando uma faca durante uma discussão.
Apesar da confissão inicial e da prisão em flagrante, que foi convertida para preventiva, as investigações da PCMG continuaram, levando à descoberta de que o suspeito não estava na cena do crime. A Polícia Civil segue investigando o caso para identificar o verdadeiro autor.
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) lamentou a “perda irreparável” para a Polícia Penal de Minas Gerais e informou que está prestando apoio à família da vítima.