1º escalão

Suspeitos de desviar mais de R$ 38 milhões de prefeitura no interior de Minas são presos

Entre os detidos estão um assessor executivo e uma secretária municipal

Do HOJE EM DIA
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25/03/2025 às 17:11.
Atualizado em 25/03/2025 às 17:22
Conforme apurado, líder da organização criminosa foi nomeado para compor equipe de transição de governo (Divulgação/PCMG)

Conforme apurado, líder da organização criminosa foi nomeado para compor equipe de transição de governo (Divulgação/PCMG)

Cinco pessoas foram presas suspeitas de assumir cargos do primeiro escalão na administração municipal da Prefeitura de Caratinga, no Vale do Rio Doce, visando praticar crimes. Contratos fraudulentos assinados pela prefeitura, alcançaram um valor superior a R$ 38,5 milhões.

As prisões ocorreram nessa segunda-feira (24) e divulgadas nesta terça-feira (25). Foram expedidos também 17 mandados de busca e apreensão em Caratinga, Ubaporanga, Ipatinga e Santana do Paraíso, na mesma região, além de Belo Horizonte e das cidades de Mateus Leme, Betim e Juatuba, na região metropolitana da capital. 

Os militares investigavam o esquema de licitações fraudulentas para desvio de recursos públicos. Entre os presos estão um assessor executivo e uma secretária municipal, além de três representantes de duas entidades que participaram de processo licitatório com indicativos de ilegalidade.

Conforme apurado, o líder da organização criminosa, preso na operação, foi nomeado, inicialmente, para compor a equipe de transição de governo. Posteriormente, assumiu o cargo de assessor executivo do município, tendo indicado os demais integrantes do grupo para ocupar os outros cargos.

Segundo o delegado Luiz Eduardo Moura, as modalidades de licitação teriam sido realizadas sem a observância dos critérios legais vigentes. “O líder da organização criminosa teve livre acesso a setores estratégicos da administração municipal, direcionando contratações para beneficiar grupos específicos”, contou.

As investigações apontaram também que os servidores nomeados já haviam atuado em um município do estado do Rio de Janeiro e teriam ido para a cidade a fim de dar continuidade às atividades criminosas, motivo pelo qual a operação foi denominada como Forasteiros. Uma das investigadas, inclusive, teria aceitado um cargo na cidade mineira pela metade do valor recebido no município fluminense.

As investigações continuam para descobrir se há mais pessoas envolvidas na organização criminosa.

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