'Cruel e violento'

Suspeitos de roubar asilo, homens são indiciados por morte e ocultação de cadáver na Grande BH

Um dos suspeitos é investigado em inquéritos que apuram três homicídios cometidos na região em 2015

Do HOJE EM DIA
portal@hojeemdia.com.br
29/05/2025 às 13:40.
Atualizado em 29/05/2025 às 13:56
Foram apreendidos o aparelho de mídia do veículo, uma roçadeira, uma motosserra e um carregador de bateria automotiva; policiais também apreenderam o carro utilizado para cometer o crime (PCMG / divulgação)

Foram apreendidos o aparelho de mídia do veículo, uma roçadeira, uma motosserra e um carregador de bateria automotiva; policiais também apreenderam o carro utilizado para cometer o crime (PCMG / divulgação)

Dois investigados, de 30 e 41 anos, foram indiciados pela Polícia Civil de Minas por envolvimento no latrocínio de um homem, de 41, em novembro do ano passado, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Os dois poderão responder pelos crimes de roubo seguido de morte e ocultação de cadáver.

De acordo com o delegado que coordenou as investigações, Claudio Utsch, o suspeito de 41 anos invadiu a residência da vítima para roubar as armas que ela tinha em casa.

“Ele [vítima] possuía uma pistola calibre 9mm e um revólver calibre 38”, contou o policial, acrescentando que, além das armas, o suspeito teria levado diversos objetos do imóvel.

O delegado destacou ainda que apesar de o roubo ser o foco da ação criminosa, a execução da vítima pode ser entendida a partir da análise do temperamento do suspeito de 41 anos, considerado cruel e violento, assim como a existência de uma possível dívida da vítima.  

Quanto ao investigado de 30 anos, as investigações apontaram que ele teria levado a vítima até o local onde foi morta e depois transportado o corpo no seu veículo.

“Foi realizada uma perícia no carro, com emprego de luminol, e encontrados vários pontos com os materiais, sendo recolhidos e mandados para o Instituto de Criminalística para exame comparativo de DNA”, contou o delegado.

Levantamentos apontam que a execução do crime teria iniciado na residência da vítima, na localidade dos Coelhos, distrito de Taquaraçu de Minas, e consumado em Nova União, a cerca de 20 quilômetros de distância.

O corpo da vítima foi encontrado 16 dias depois do crime na localidade de Quibungo, em Nova União - foi necessária a identificação por meio de exame de DNA. Já o laudo de necropsia constatou que a vítima foi morta com instrumento contuso na região da cabeça.

Durante as investigações, foi encontrado na localidade dos Brás, em Nova União, o veículo da vítima totalmente queimado. O aparelho de mídia do veículo foi localizado pelos policiais na casa do suspeito de 30 anos, na mesma cidade, onde também foram apreendidos uma roçadeira, uma motosserra e um carregador de bateria automotiva, itens pertencentes à vítima. Os policiais apreenderam ainda o carro utilizado para consumação do crime.

No curso das investigações conduzidas pela Polícia Civil, os dois suspeitos foram presos em razão de outro roubo, cometido em um asilo da cidade, em fevereiro deste ano.

Os trabalhos policiais foram coordenados pela 4ª Delegacia de Polícia Civil em Caeté e contaram com o apoio da Polícia Militar.

Histórico criminal

Segundo Utsch, além do latrocínio, o suspeito de 41 é investigado em inquéritos que apuram três homicídios cometidos na região em 2015. Ele também figura como responsável pela prática de diversos furtos de gado ocorridos em fazendas locais.

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