Taxista suspeito de estuprar 18 em BH é preso em Venda Nova

Foi apresentado nesta segunda-feira (26) um taxista suspeito de ter estuprado pelo menos 18 mulheres em Belo Horizonte. Os crimes ocorreram entre agosto de 2011 e abril deste ano nas regiões de Venda Nova, Pampulha e Noroeste da capital.

Para a abordagem das vítimas, Ismard Martins Vieira, de 39 anos, se passava de “bom moço” para conquistar a confiança das mulheres e o veículo de praça como local para efetuar as agressões sexuais. “O autor se aproximava das vítimas que, geralmente, estavam em locais desertos e sem movimento. Para atraí-las, Ismard dizia que as mulheres estavam sendo seguidas por criminosos e oferecia ajuda para sair do local”, explicou a delegada responsável pelo caso, Andréa Alves Cunha Soares.

Após conseguir que as mulheres entrassem no veículo, o taxista seguia com as jovens para um local pouco movimentado e cometia os abusos sexuais. “Ele sempre simulava estar armado e com isso conseguia cometer as agressões”, contou a delegada.

Segundo a delegada Andréa Alves, Ismard era seletivo na hora de escolher as mulheres. “Suas vítimas tinham idade entre 15 e 23 anos. Além disso, as abordagens eram sempre tarde da noite, momento em que a grande maioria delas estavam deslocando para casa”, disse a delegada.

Ismard Martins, foi preso nesta segunda-feira (26), em casa, na região de Venda Nova, após a justiça conceder o pedido de prisão preventiva. Na delegacia, o suspeito confessou a autoria de pelo menos dez crimes. Porém de acordo com a polícia, ele não soube explicar, durante o seu depoimento, o que teria motivado a cometer os crimes. “Ele (Ismard) disse que cometeu os abusos sexuais por burrice e que não tinha motivos para ter feito”, contou a delegada.

A Polícia Civil acredita que novas vítimas possam aparecer após a divulgação do caso. Segundo a corporação, o suspeito não possui passagem pela polícia.

Ismard Martins foi encaminhado para o Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) Gameleira. Ele irá responder por estupro e estupro de vulnerável com penas de até dez anos de reclusão.