(Samuel Costa)
O charme e a originalidade foram devolvidos ao tradicional Teatro Francisco Nunes. Após ficar fechado por cinco anos, o edifício localizado dentro Parque Municipal Américo Renné Giannetti, no Centro da cidade, está prestes a ser reaberto ao público com cara nova, após ser reformado.
As estruturas deterioradas foram removidas para dar lugar a um projeto de arquitetura que resgata o estilo modernista da década de 50. O trabalho, iniciado em maio de 2013, foi coordenado por Mariluce Duque.
“A reforma do palco foi o principal ganho. Antes, era necessário trabalho braçal para fazer as mudanças na iluminação ou no cenário. Agora, está tudo motorizado”, afirmou a arquiteta. A estrutura mais flexível amplia as possibilidades de apresentações artísticas. Mas a transformação do Chico Nunes, como é chamado, não se limita ao tablado. Mantendo o mesmo número de assentos (543), a distribuição das cadeiras foi alterada, preenchendo alguns ‘buracos’.
Na plateia, o forro de gesso foi retirado, revelando uma madeira maciça em arco, presente no primeiro projeto do edifício. E o foyer – espécie de sala de espera – ganhou ampliação visual após a remoção do mezanino, que deixa à mostra o pé direito duplo do ambiente.
“Também fizemos a reforma elétrica e hidráulica, modernizamos o sistema de som e ar condicionado. Está tudo repaginado. Os moradores de BH têm uma relação afetiva com o teatro. Tentamos resgatar um pouco dessa história”.
As obras de restauração foram viabilizadas por meio do programa Adote um Bem Cultural, da prefeitura. Como medida de compensação ambiental, a Unimed investiu cerca de R$ 11 milhões na reforma. O público poderá conhecer o novo espaço em 6 de maio, quando estreia o 12º Festival Internacional de Teatro de Palco & Rua (FIT), com a apresentação da peça “Prazer”, da Companhia Luna Lunera.