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A prisão de um homem se passando por agente de saúde em Belo Horizonte para assaltar uma residência, na última segunda-feira, já reflete na luta contra o Aedes aegypti na cidade. Nessa terça (1º), servidores de pelo menos quatro regionais da Prefeitura relataram ao sindicato da categoria terem sido impedidos de entrar nos imóveis porque moradores temem a ação de bandidos. Os problemas foram nas regiões do Barreiro, Leste, Nordeste e Oeste.
Além do uniforme, o crachá reforça a identificação dos agentes. “Porém, eles não são confeccionados há dois anos. A maioria dos servidores só tem a carteira de identidade para apresentar, e isso não está bastando. O morador quer segurança de quem está entrando na casa deles”, disse Israel Arimar, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel).
Na tarde dessa terça (1º), a entidade encaminhou um ofício ao secretário Municipal de Saúde, Fabiano Pimenta, reivindicando campanhas para que a população permita o acesso dos agentes às residências. “Também pedimos que o problema do crachá seja resolvido. Além da impressão, que façam a reposição dos que estão desgastados com o tempo”, afirmou Israel.
Medo
Enquanto isso, a notícia da prisão do homem no Barreiro com uniforme da Prefeitura e boatos de que roupas oficiais dos agentes foram levadas por criminosos de um Centro de Controle de Zoonoses na capital deixam os moradores apreensivos. Grupos no WhatsApp disseminam a informação do roubo que, segundo comunicado distribuído no Barreiro pelo Executivo, é falsa.
O documento orienta a população a ligar para o centro de saúde mais próximo informando o nome do agente de saúde, caso haja dúvidas. “Se vier um agente diferente, não vamos deixar entrar. Sabemos que o momento é crítico, a dengue está matando, mas vamos prezar pela nossa segurança”, disse a professora Fernanda Rios, moradora do bairro Santa Mônica, em Venda Nova.
Como fica fora de casa o dia inteiro, a relações públicas Rosely Berto, do São João Batista, na mesma região, orientou a funcionária que ligue para ela assim que um agente bater na residência. “Só entra depois de mostrar toda a identificação”.
Rebateu
Por sua vez, o secretário Fabiano Pimenta contestou a informação de que moradores estariam impedindo o acesso dos funcionários por conta do medo de assaltos. “Cerca de 20% das primeiras visitas dos agentes não são concretizadas. A casa pode estar vazia, por exemplo. É um problema em todas as regionais”.
Sobre a falta de crachás, o gestor informou que a Prefeitura trabalha para que o problema seja solucionado ainda neste mês.
Caso os belo-horizontinos queiram se certificar se o agente é ou não servidor, Fabiano Pimenta pede que o morador ligue para o telefone geral da Prefeitura – o 156 – e informe o bairro onde está. O atendente irá passar o contato da coordenação de zoonoses da região, que possui a listagem dos agentes na área.
“Basta passar o nome e o número da carteira de identidade dele. Serão informados se é funcionário e se ele está escalado para o trabalho naquele dia. A população não precisa temer. O caso de segunda-feira, no Barreiro, foi pontual”, detalhou o secretário.