Tempo melhora e buscas por mineiros são retomadas pelos Bombeiros

Equipes de resgate do Corpo de Bombeiros e do grupo de Busca e Salvamento do Rio retomaram as buscas na manhã desta terça-feira (1º) aos cinco mineiros desaparecidos do naufrágio de uma embarcação em Angra dos Reis, na Costa Verde do Rio de Janeiro, no último domingo (29).

Segundo a Fundação de Turismo de Angra dos Reis (TurisAngra), a traineira “Minas Gerais” estava com 13 pessoas a bordo quando virou em alto-mar, na noite de sábado (28). Pouco depois do acidente, oito foram resgatadas por pescadores, que moram em uma ilha próxima. Até a publicação desta reportagem, cinco ainda não haviam sido encontradas.

O comandante do quartel do Corpo de Bombeiros de Angra dos Reis, tenente-coronel Paulo Scarani disse que o mau tempo na região prejudicou as buscas aos desaparecidos na segunda-feira. Segundo o militar, esta manhã o tempo está melhor e pode contribuir para as buscas. Como naufragou em uma área de mar aberto, a embarcação pode estar a 40 metros de profundidade.

Naufrágio

No fim da tarde de domingo (29), a TurisAngra divulgou uma lista com os nomes dos envolvidos no naufrágio. Ainda de acordo com o órgão, os turistas são de Arantina, interior de Minas Gerais, entre eles está o vice-prefeito José Geraldo da Silva da cidade mineira, que continua desaparecido.

O grupo tinha alugado a embarcação para pescar e a suspeita é que uma onda forte tenha feito o barco virar, informou a TurisAngra. Os primeiros trabalhos de buscas foram feitos até o início da noite de domingo, mas foi necessário suspender por causa do mau tempo e a pouca visibilidade no local.

Sobrevivente

Um dos oito sobreviventes do acidente, o advogado Erlei Eros Misael, de 42 anos, contou que o grupo de 47 amigos saiu na manhã de sábado das cidades de Arantina e Bom Jardim para o que seria mais um fim de semana de pesca em alto-mar. À tarde, embarcaram nas traineiras no cais do Camorim e navegaram por cerca de três horas até o ponto próximo à Ilha dos Meros. Como não conseguiram pescar nada ali, resolveram mudar de local. Ao fazer a manobra, o barco virou e afundou. “O barco estava navegando normalmente quando foi fazer uma pequena curva à direita e tombou. Alguns conseguiram abrigo numa ilha próximo ao local do naufrágio, outros ficaram à deriva até serem resgatados por outra embarcação. Neste momento, cinco não foram mais vistos”, disse Erlei. Todos os pescadores estavam com coletes salva-vidas.

Eles foram resgatados pela embarcação Garamar, de pescadores da praia de Provetá, e pelas traineiras que faziam parte do grupo de Arantina.