O detento Jaílson Alves de Oliveira, uma das testemunhas do possível assassinato de Eliza Samúdio, prestou depoimento na tarde desta terça-feira (25), na Vara de Execuções de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ele compareceu ao local para esclarecer à Justiça como conseguiu fugir da cadeia. O advogado que o representa, Ângelo Carbone, disse na audiência que Jaílson afirmou que um policial, identificado apenas como “José”, vinha o ameaçando há um ano. O detento relatou que no dia 17 de julho deste ano, o policial o levou até a porta do Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) São Cristóvão e teria lhe dado três opções. “A primeira era pegar R$ 50 e sumir; a segunda, mudar a versão em que ele contava detalhes sobre como o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o “Bola”, teria matado a amante do ex-goleiro Bruno; e a terceira seria permanecer na prisão e ser morto, assim como a sua esposa”. O detento optou por fugir, mas foi recapturado horas depois em São João Evangelista, em um posto da Polícia Rodoviária Federal. “Queremos saber como um homem que cumpre regime fechado pode sair da cadeia pela porta da frente? Muito estranho”, questiona o advogado. O juiz determinou que o depoimento seja entregue a corregedoria da Polícia Civil, que deve investigar o caso. Em 2011, Jailson denunciou a polícia que “Bola” - seu então colega de cela - teria lhe contado como havia assassinado Samudio. Durante uma acareação entre "Bola" e Jailson, que “José” teria o ameçado pela primeira vez.