Jaílson Alves de Oliveira, testemunha do caso Bruno, está sendo no Fórum de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Detendo da Penitenciária Nelson Hungria, Jaílson vai explicar porque fugiu do Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) São Cristóvão no dia 17 de julho deste ano.
Para justificar a fuga, ao ser capturado, ele teria dito que estava sendo ameaçado por um policial civil a pedido de Marcos Aparecidos dos Santos, o "Bola". Conforme seu advogado de defesa, Ângelo Carboni, uma liminar, concedida pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais, garantiu que seria ouvido hoje.
Testemunha do desaparecimento e morte de Eliza Samudio, Jaílson teria informações valiosas sobre a morte da ex-namorada do goleiro Bruno Fernandes. E, por isso, era ameaçado constantemente pelo polcial que trabalha no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que fica ao lado do Ceresp São Cristóvão.
A expectativa é de que Jaílson fale como sua fuga foi facilitada pelo policial civil, que teria, inclusive, planejado a morte dele como queima de arquivo. Ele tem um pedido de habeas corpus e, se conseguir, deve ser incluído, junto com a esposa e filhos, no Programa de Proteção à Testemunha da Secretaria de Estado de Defesa Social.