O torcedor Guilherme Lourenço Ribeiro, membro da Galoucura, foi condenado a 19 anos e 10 meses de reclusão por homicídio triplamente qualificado contra um torcedor da Máfia Azul. O julgamento terminou no início da tarde desta sexta-feira (9) em Belo Horizonte.

O crime ocorreu em 27 de novembro de 2017, durante um confronto entre torcedores na avenida Nossa Senhora do Carmo, no São Pedro, região Centro-Sul da capital. Integrantes da Galoucura estavam na casa de shows Chevrolet Hall para assistir a uma Luta Livre – MMA.

Ao ficar sabendo que a torcida rival estava do lado de fora, os torcedores da Galoucura saíram do local e foram para a avenida.
O cruzeirense Otávio Fernandes, de 19 anos, foi espancado até a morte pelos rivais.

Segundo a acusação feita pelo Ministério Público (MP), Guilherme usou um cavalete de ferro quando a vítima já estava caída no chão e,"de forma impiedosa, desferiu dois duros golpes na cabeça dele".

Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que a vítima foi atacada. Ao ver as imagens, o réu disse que ele não era a pessoa que agride o torcedor do cruzeiro com o cavalete. Ele também afirmou que não conhece a pessoa que aparece no vídeo e que a Polícia é que o associou às imagens.

Ainda segundo o MP, as agressões de Guilherme e dos outros torcedores gerarm lesões fatais no corpo da vítima. O crime teria sido cometido por motivo torpe, por meio cruel e que dificultou a defesa da vítima, que foi surpreendida pelo ataque.

A defesa recorreu da sentença. O réu fica em liberdade até que o processo transite em julgado porque possui um salvo conduto do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

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