Desde o início da manhã desta segunda-feira (10) cerca de 150 trabalhadores da metalúrgica Proema Minas fazem uma manifestação em frente à portaria da empresa, em Betim, na Grande BH.
A Proema é uma das principais fornecedoras de peças para a Fiat Automóveis.
O protesto deve-se à situação a qual se encontram há quatro meses afastados do trabalho por exigência da empresa, muitos sem receber salários, e também pela demissão sem assinar aviso prévio e pagamento de verbas rescisórias.
Os trabalhadores denunciam ainda outras irregularidades fiscais e trabalhistas cometidas pela Proema.
Os trabalhadores pretendem seguir para Belo Horizonte, onde farão uma manifestação na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
Isso porque, será realizado um debate nesta segunda-feira, às 9h, sobre o Projeto de Lei (PL) 4330, que regulamenta a prática de terceirização no país.
Na visão dos sindicalistas, o PL irá precarizar ainda mais as condições de trabalho de empregados de empresas terceirizadas.
Reunião
No último domingo (9), cerca de 200 funcionários da empresa e seus familiares se reuniram no clube do Sindicato, em Betim, para debater os problemas enfrentados na empresa.
Durante a reunião no Clube dos Metalúrgicos, ficou acertado que o Sindicato irá reiterar as denúncias sobre a situação da Proema junto à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), além de proceder aos encaminhamentos jurídicos cabíveis para garantir os direitos dos trabalhadores.
De acordo com o presidente do Sindicato, João Alves de Almeida, desde 2002, a situação de irregularidades da Proema preocupa a entidade e, sobretudo, os trabalhadores.
“Já naquela ocasião, a empresa, que chegou a ter quase mil funcionários em sua produção, em três turnos de trabalho, começou a enfrentar problemas e passou a ter dívidas referentes a tributos municipais, estaduais, federais e até com seus fornecedoras de matérias-primas. Esta situação, evidentemente, respingou diretamente nos trabalhadores, que estão amargando muitos prejuízos desde então. Por isso, agora, querem uma solução para estes problemas”, afirma.