Traficantes de Vespasiano suspeitos de furtar armas podem ter executado advogado na Pampulha

O corpo do advogado criminalista Jayme Eulálio de Oliveira, de 37 anos, foi liberado do Instituto Médico-Legal (IML) de Belo Horizonte, no início da tarde desta quarta-feira (23). O enterro foi marcado para as 17 horas, no Cemitério Bosque da Esperança, região de Venda Nova, em Belo Horizonte. Oliveira foi executado com vários tiros, na noite desa terça-feira (22), quando chegava em casa, na Pampulha, em Belo Horizonte. Apesar de o crime ter sido cometido há menos de 24 horas, o delegado Rodrigo Bossi Pinto, da Delegacia de Homicídios Noroeste, declarou, por meio da assessoria, que as investigações estão avançadas. No entanto, ele evitou dar detalhes para não comprometer a localização dos possíveis suspeitos.

Uma das hipóteses levantadas por amigos e por veículos da imprensa é de que o advogado criminal, que possuía clientes envolvidos com o tráfico de drogas, tenha sido vítima de uma vingança relacionada à sua profissão. Outra suspeita é de que o fuzil e a pistola calibre .40 usados para matar a vítimaa tenham sido furtados, na semana passada, de um batalhão da Polícia Militar de Vespasiano, na Grande BH. Os suspeitos do roubo seriam traficantes do bairro Morro Alto, também em Vespasiano, e cliente de Oliveira. Porém, a informação de que sejam as mesmas armas ainda não foi confirmada pela assessoria da Polícia Civil. Familiares da vítima também disseram desconhecer qualquer tipo de ameaça.

O crime

O automóvel em que Jayme Eulálio estava ficou marcado pelos tiros. Ele foi morto com disparos de fuzil no momento em que chegava em sua casa. Câmeras de vigilância interna do  edifício onde morava a vítima e dos prédios vizinhos registraram o homicídio. Dois homens, ambos encapuzados, são os suspeitos da morte.
 
Uma amiga da família, que não quis ser identificada, disse que as imagens das câmeras mostraram dois homens dentro de um Palio Weekend, de cor verde, estacionado em frente ao prédio do advogado. Por volta das 18h25, Jayme parou o Ford Fusion em frente à garagem do edifício. Ele foi surpreendido pela dupla, que atirou várias vezes. Ainda segundo a testemunha, a esposa da vítima e o filho, de 4 anos, escutaram o barulho dos tiros. A mulher ligou para o marido para avisar que estava ocorrendo algo de estranho na porta da residência do casal, porém não imaginava que ele havia sido executado. Conforme a polícia, mais de 30 capsulas, de fuzil e pistola calibre .40, ambas de uso restrito das Forças Armadas, foram recolhidas do local.