Miquéias Nunes de Oliveira, de 33 anos, foi morta pelo ex-marido enquanto trabalhava em uma clínica de estética de Ibirité
Kéia Oliveira, de 33 anos, foi brutalmente assassinada pelo ex-marido (Reprodução/ Redes Sociais)
O homem acusado de assassinar a facadas a ex-companheira, a biomédica Miquéias Nunes de Oliveira, de 33 anos, em Ibirité, na Grande BH, teria traído a esposa pouco tempo antes do término. O crime ocorreu no dia 10 de março e as informações foram divulgadas pela polícia nesta quarta-feira (19).
De acordo com a polícia, antes de Kéia, como era conhecida a vítima, terminar o relacionamento, ela teria descoberto mensagens entre o então marido e a ex-namorada dele. Isso foi um dos motivos para a separação no fim de 2024.
O homem não aceitava o término do relacionamento e ficou quase três meses perseguindo a vítima. De acordo com relatos concedidos à polícia, o homem ameaçava cometer suicídio caso a mulher o deixasse, mas nunca afirmou que iria tentar algo contra a vida dela, o que pode ter dado um falso sentimento de segurança à Kéia.
Imagens divulgadas pela polícia mostram o momento em que o crime foi cometido. A mulher foi surpreendida pelo ex-marido na clínica de estética em que trabalhava. Segundo a polícia, o homem pediu para a vítima voltar com ele para casa para os dois "conversarem". No entanto, ela não aceitou o convite.
Assim, o homem sacou um canivete e desferiu diversos golpes contra ela. Duas mulheres estavam no local do crime e fugiram desesperadas. Uma delas correu em direção à delegacia mais próxima e a outra trancou o portão da clínica, o que impediu o acusado de fugir do local.
O delegado Wellington Faria acredita que o suspeito só não fugiu por conta do portão trancado. Ele destaca que o homem é caminhoneiro e teria facilidade para evadir para longe da região metropolitana de Belo Horizonte. O agente ainda elogiou a ação das duas testemunhas no local, que não deixaram o homem sair e acionaram a polícia rapidamente.
“Temos imagens que mostram que após cometer o delito, ele tenta fugir do local. Só não foi possível por conta de uma das testemunhas que foge em direção à delegacia e a outra tranca o portão da clínica. Pelo fato dele trabalhar como caminhoneiro, e estar acostumado a viajar por 20 a 30 dias, acreditamos que ele iria sim fugir”, afirmou.
PCMG detalhou a investigação do assassinato de Kéia Oliveira (Valéria Marques/ Hoje em Dia)
Após prender o homem, os policiais encontraram uma arma de fogo e munições no apartamento, local em que ele planejou inicialmente para ceifar a vida da ex-mulher.
O homem será indiciado pelos crimes de feminicídio e posse ilegal de arma. A pena, segundo o delegado, pode ser de 20 a 40 anos. Além disso, a sentença pode aumentar por conta dele não ter dado chance de defesa para a vítima e ter desferidos inúmeros golpes contra ela, indicando ainda mais crueldade da parte dele.
Leia mais: