(Marcelo Camargo/Arquivo Agência Brasil)
No próximo domingo (29), entidades de todo o país celebram o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Reconhecido como doença crônica, o tabagismo tem tratamento gratuito, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), em mais de 600 municípios em Minas, como parte do Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT).
O PNTC disponibiliza aconselhamento terapêutico e orientações para lidar com a abstinência. A coordenadora de Programas de Promoção da Saúde e Controle do Tabagismo da SES/MG, Nayara Resende, explica que “[a pessoa] será encaminhada para o tratamento, por meio da participação em sessões periódicas que vão ajudá-la na mudança do comportamento. Quando for necessário, há também o apoio medicamentoso, de forma associada”.
De acordo com a Revisão da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde, a dependência à nicotina integra o grupo de transtornos mentais e comportamentais, em decorrência do uso de substância psicoativa. Pacientes interessados devem procurar a secretaria de saúde de sua cidade para saber qual Unidade Básica de Saúde (UBS) oferece o tratamento.
Para ver a lista de cidades com o serviço, acesse aqui.
Tabagismo no Brasil
Uma pesquisa feita pelo Instituto de Efetividade Clínica e Sanitária (IECS), em 2020, apontou que 443 pessoas morrem por dia no Brasil pelo tabagismo, e que as doenças causadas pelo vício custam R$ 125.148 bilhões por ano ao país, o equivalente a 23% do que foi gasto para enfrentar a pandemia da Covid-19 no ano passado.
Apesar desses números, a quantidade de fumantes no país vem caindo ao longo das últimas décadas. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), 34,8% da população acima de 18 anos era fumante em 1989. Em 2003, os fumantes compunham 22,4% da população adulta. Em 2008, caiu para 18,5 %. O último levantamento foi realizado em 2019, que apresentou 12,6 % de fumantes no país.
Essa redução é atribuída como consequência de várias medidas, implantadas principalmente pelo PNCT, que inclui a aplicação de impostos específicos, regulamentação das informações divulgadas sobre os cigarros, controle do comércio ilícito, campanhas educativas e opções de tratamento.
*Com informações da Agência Minas.
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