Trio que matou a atriz Cecília Bizzotto é condenado a mais de 80 anos de prisão

Renata Evangelista - Hoje em Dia
17/07/2013 às 17:30.
Atualizado em 20/11/2021 às 20:09
 (Lucas Barbi/Divulgação)

(Lucas Barbi/Divulgação)

Os três acusados de invadir a casa e matar a atriz Cecília Bizzotto Pinto, de 32 anos, em outubro de 2012, foram julgados e condenados à prisão nesta quarta-feira (17). Gleisson Martins Horário foi sentenciado a 33 anos e 7 meses de reclusão e Luis Henrique da Silva Paulino deverá cumprir pena de 24 anos. Já Cléber Eduardo da Silva foi condenado a 28 anos e 9 meses de reclusão.    As penas, inicialmente, deverão ser cumpridas em regime fechado. O juiz Luís Fernando Nigro Corrêa, da 11ª Vara Criminal do Fórum Lafayette, determinou, também, que o trio não pode recorrer da sentença em liberdade. A decisão cabe recurso.   Em sua decisão, o magistrado destacou a frieza e a crueldade que o trio usou para praticar o latrocínio “que deixou atônita a sociedade mineira”. “Não havendo modificação no cenário fático existente quando da decretação da prisão preventiva, mas apenas o reforço das razões de sua decretação, entendo necessária a manutenção das prisões cautelares, para garantia da ordem pública e para se evitar a prática de nova infração penal”, afirmou.   O Ministério Público recebeu a denúncia da Justiça sobre o crime em dezembro de 2012. Durante audiência de instrução, em março deste ano, três testemunhas e outras duas vítimas reconheceram os acusados e relataram a violência empregada por eles durante o assaltou que terminou na morte da atriz.   Gleisson Martins e Luis Henrique confessaram o latrocínio, mas negaram a participação de Cléber Eduardo. No entanto, com base nas declarações das vitimas e das testemunhas, consideradas firmes e coesas, o juíz não aceitou absolver o réu.   Relembre o crime   Na madrugada do dia 7 de outubro de 2012, Cecília Bizzotto chegava a sua residência, no bairro Santa Lúcia, região Centro-Sul de Belo Horizonte, acompanhada do irmão e da cunhada, quando três assaltantes armados abordaram a família.   As três vítimas foram rendidas e obrigadas a entregar pertences pessoais, como computadores, dinheiro, aparelhos eletrônicos e outros objetos de valor. Cecília teria dito aos bandidos que eles não guardavam dinheiro em casa.   Os assaltantes perguntaram sobre um cômodo fechado, mais afastado do resto da casa, e a jovem disse que era um quarto alugado. Ela foi obrigada a ir até lá com os bandidos.   Ainda de acordo com os policiais, tudo indica que Cecília teria tentado acionar o 190 pelo celular. Ao perceber a ação, um dos suspeitos atirou contra ela, que não resistiu aos ferimentos e faleceu no local.   O corpo foi encontrado em um sofá com um tiro no peito e uma marca na testa, possivelmente provocada por uma coronhada.

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