Turbina explode no ar e avião faz pouso forçado em Confins

Cristina Barroca - Hoje em Dia
06/11/2014 às 07:32.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:55
 (Facebook)

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Um avião da empresa American Airlines que saiu de Belo Horizonte no final da noite dessa quarta-feira (5) e seguia com destino a Miami, teve que retornar e fazer um pouso de emergência no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na Grande BH. Segundo informações de uma pessoa que estaria dentro do avião, uma turbina teria explodido logo após a decolagem. Uma outra testemunha relatou que a aeronave ficou sobrevoando baixo por cerca de 15 minutos com um "barulho estranho", até eles conseguirem descer.

A reportagem entrou em contato com a empresa, mas até o momento ninguém foi encontrado para mais informações. Os passageiros foram acomodados no Comfort Hotel Confins. Até às 7 horas da manhã desta quinta-feira (6), alguns passageiros se encontravam no saguão do hotel aguardando liberação dos quartos.

De acordo com a o voo partiu do aeroporto de Confins às 23h32 e retornou às 23h59. Segundo a concessionária, todos os órgãos envolvidos foram acionados e os procedimentos do plano de emergência seguidos. Os recursos estavam disponíveis em solo porém, não foram utilizados.

Uma fotógrafa que estava no voo chegou a relatar em seu perfil no Facebook que o estrondo foi assustador e que a tripulação que estava na parte traseira do avião teria visto uma "enorme bola de fogo."

"Nasci de novo! Podem comemorar. (...) Acho que eu nunca orei tanto", exaltou a passageira. Ela ainda contou que a aterrissagem foi muito difícil e que ela chegou a pensar que a equipe não iria conseguir pousar. No pátio várias viaturas do Corpo de Bombeiros esperavam para atender os passageiros, caso necessário.

Momentos de pânico

 "O piloto salvou nossas vidas. O pouso não foi nada suave, mas o piloto foi ótimo", afirmou  a fotógrafa Vanessa Freire.  Em entrevista ao Hoje em Dia, a mineira se queixou da estrutura do avião, mas fez questão de parabenizar o trabalho do piloto. Segundo ela os comissários pareciam assustados. "Era notório que algo estava errado, mas o piloto só se comunicou com a gente uns 15 minutos após o estouro", disse ela. 

A testemunha reclamou também que a aeronave não estava em condições adequadas de limpeza. Alguns passageiros teriam recusado a sair de Belo Horizonte por considerarem as aeronaves de São Paulo melhor e devem partir de lá para os Estados Unidos na próxima madrugada. "Foram momentos de pânico", segundo passageiros do voo 922.

"Tudo tem que ficar pedindo, meu voo foi remarcado para a noite e eu tive que brigar para conseguir um 'voucher' para jantar", reclamou a fotógrafa que ainda contou que teve que fazer o seviço de intérprete para dois americanos que não conseguiam se comunicar com agentes da empresa. "É muito desgastante", lamentou.

Em torno de 15 passageiros se uniram e trocaram contatos com a promessa de entrar com uma ação conjunta contra a American Airlines. Eles alegam que estão com dificuldades de diálogo com a empresa, não receberam explicações sobre o ocorrido e afirmam que todo o processo de acomodação e reestruturação tem sido lento.

Atualizada às 14 horas.
 

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