Os botecos, a gastronomia e a hospitalidade mineira estão entre as melhores impressões que os turistas levam de Belo Horizonte. Por outro lado, o trânsito caótico e a sujeira urbana compõem as principais reclamações dos visitantes à capital.
A constatação prévia é de pesquisadores contratados pela Empresa Municipal de Turismo de BH (Belotur) e a Federação do Comércio do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG), que terminaram, na sexta-feira (19), entrevistas de campo para a Pesquisa de Satisfação do Turista, aplicada durante toda a semana nos principais portões de entrada de BH.
Cerca de 800 visitantes foram abordados em pontos como o Terminal Rodoviário e os aeroportos da Pampulha e Tancredo Neves (em Confins, na Grande BH), além de atrativos turísticos como a Lagoa da Pampulha, o Mercado Central e o Parque Municipal.
Foram questionados, por exemplo, o motivo da viagem, as fontes de informação sobre o destino, a infraestrutura dos estabelecimentos e dos atrativos turísticos. Segundo os órgãos envolvidos, o raio-X ajudará a melhorar os serviços turísticos nos grandes eventos que a capital receberá, como a Copa das Confederações, em junho deste ano, e a Copa do Mundo, em 2014.
Turismo
De acordo com o presidente da Belotur, Mauro Werkema, o relatório final sairá em maio, em tempo para a elaboração de novos programas turísticos para os visitantes da Copa das Confederações. “Teremos novos planos que contemplam gastronomia, museus e ícones da arquitetura de Oscar Niemeyer”, adiantou.
A novidade é um roteiro que prestigia cidades históricas como Ouro Preto, na região Central, e o Instituto Inhotim, em Brumadinho. Esse é um dos destinos recomendados por franceses ao paulistano Roberto do Nascimento, de 46 anos, que mora há sete anos em Paris.
Ele ficou quatro dias em BH e deu nota máxima, na pesquisa, para itens como diversão noturna, bares e restaurantes e gastronomia. “O que tem de melhor nessa terra é o boteco”, disse, elogiando também a hospitalidade.
As críticas negativas dele foram para a limpeza urbana, o trânsito e os serviços bancários. “A segurança pública também preocupa meus amigos, que deram notícias de crimes violentos na cidade”.
O bancário Rildo Barbosa Teixeira, de 47 anos, foi com a esposa e dois filhos conhecer a Igrejinha da Pampulha. Eles são de Manhuaçu, Zona da Mata. “Achei o formato e o tipo de arquitetura da igreja muito legais”, disse Gabriel, de 10 anos.
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