UFMG investiga pichações de suásticas na Escola de Veterinária, no campus Pampulha

Renata Evangelista e Bruno Inácio
portal@hojeemdia.com.br
24/10/2018 às 13:15.
Atualizado em 28/10/2021 às 01:24
 (Reprodução)

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A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) vai investigar pichações de suásticas, símbolo do nazismo, feitas nos corredores e nas portas de banheiros femininos e masculinos da Escola de Veterinária, localizada no Campus da Pampulha, em Belo Horizonte.

As imagens das pichações viralizaram nas últimas horas desta quarta-feira (24), principalmente em aplicativos de mensagens instantâneas. Uma das pichações pede o "fim do comunismo na UFMG". A diretora da Escola de Veterinária, Zélia Inês Portela Lobato, lamentou o ocorrido e informou que irá divulgar uma nota de repúdio ainda nesta quarta-feira.

Funcionários da instituição informaram à reportagem que policiais federais foram até o campus, nesta manhã, para registrar a ocorrência.

Vandalismo

Segundo os estudantes, as pichações foram vistas nesta manhã e, provavelmente, foram feitas após às 17h de terça-feira (23), pois o prédio não tem aulas no período noturno e as pessoas que estiveram no local não notaram nenhuma movimentação no local. As pichações estavam em pelo menos cinco locais diferentes.

Entre os universitários, o clima era de perplexidade. “Aqui é um curso que tem pessoas conservadoras, mas eu não imaginava que ia chegar a este ponto, né? Clima de ameaça mesmo, contra minorias, perseguição. Isso é para botar medo em quem pensa diferente”, afirmou Mariela Almeida Resende, de 27 anos, aluna do curso de Medicina Veterinária.

Esse não foi o primeiro ataque do tipo em universidades públicas. Na semana passada, suásticas também foram rabiscadas em cinco alojamentos estudantis da Universidade de São Paulo. Lá, o autor das pichações ainda não foi identificado.Reprodução/WhatsApp 

Autor do vandalismo pede o fim do comunismo na instituição

Em nota, a direção da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) afirma que repudia veementemente atos de vandalismo contra o patrimônio público e contra a liberdade de pensamento e posicionamento político. 

Ainda segundo o comunicado, o ato, isolado, “além de lesar o patrimônio público, desafia os princípios que alicerçam a Universidade, local de formação dos princípios democráticos. A Divisão de Segurança da UFMG também fez a ocorrência e os registros de todas as pichações. 

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