Uma pessoa morre atropelada a cada dois dias em Belo Horizonte

A cada dois dias, um pedestre morre atropelado em Belo Horizonte. A estatística, considerada alarmante pelas autoridades de trânsito, leva em conta quem perdeu a vida no local do acidente e quem recebeu socorro médico, mas não resistiu aos ferimentos. O registro de acidentados também desperta atenção. Em média, oito pessoas são atingidas por veículos, diariamente, enquanto atravessam as ruas da capital.

Na tentativa de diminuir esses registros, possibilitando uma convivência pacífica entre quem está a pé e os motoristas, será lançada, hoje, a campanha “Pedestre. Eu Respeito”. As ações, coordenadas pela BHTrans, são o resultado de vários meses de planejamento. O estudo apontou 12 áreas na região Centro-Sul como prioritárias para receber o programa.

A campanha integra o projeto Vida no Trânsito, do Ministério da Saúde, e está prevista para durar um ano. O lançamento será hoje, às 10h, na avenida Alfredo Balena, esquina com rua Paraíba, na Região Hospitalar. “O principal objetivo é promover uma mudança de comportamento”, aponta a diretora de Atendimento e Informação da BHTrans, Jussara Bellavinha.

Várias ações serão desenvolvidas pela empresa. Mobilização social com abordagens, distribuição de material gráfico e peças teatrais acontecerão nas ruas. O tema será levado para salas de aula.

No bolso

O condutor que não der preferência ao pedestre será multado em uma segunda etapa da campanha, adiantou Jussara Bellavinha.

Enquanto a nova proposta não alcança o efeito desejado, o número de vítimas segue acelerado. Na noite de terça-feira, uma mulher, de 39 anos, morreu ao ser atingida por uma Kombi no Anel Rodoviário.

Atropelado por uma moto há duas semanas no bairro Milionários, no Barreiro, o estudante Maxiuel Juventino, de 14 anos, teve uma fratura exposta no braço esquerdo. O motoqueiro parou para prestar socorro, mas o garoto ainda está longe de voltar à rotina. l