Imet explica

Umidade relativa do ar: apesar de baixa, ‘salvou’ belo-horizontinos nesta segunda; entenda

Com a temperatura em 38,6ºC e umidade em 13%, capital registrou 36ºC de sensação térmica

Pedro Melo e Raquel Gontijo
portal@hojeemdia.com.br
25/09/2023 às 18:27.
Atualizado em 25/09/2023 às 20:50
 (Maurício Vieira / Hoje em Dia)

(Maurício Vieira / Hoje em Dia)

O calor foi o assunto do cidadão de Belo Horizonte nesta segunda-feira (25). Com os termômetros alcançando 38,6ºC, e um desconforto térmico de 36ªC, a capital atingiu o recorde de calor de toda a história e assustou os moradores da cidade. A situação, porém, poderia ter sido ainda pior. O que “salvou” o belo-horizontino foi justamente a baixa umidade relativa do ar registrada.

Com apenas 13%, e um clima de deserto, o tempo seco também pode ser prejudicial às pessoas e nunca é o ideal. A Organização Mundial de Saúde (OMS), por exemplo, considera como situação de alerta quando a umidade relativa do ar cai para menos de 30%. Mas o baixo índice, dessa vez, teve um lado positivo.

De acordo com o meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Claudemir de Azevedo, o Inmet mede a sensação térmica de calor pelo chamado “índice de calor”. O cálculo é feito através de uma equação matemática com o valor da temperatura e da umidade relativa do ar.

Quanto maior a temperatura, e mais alta a umidade do ar, maior é a sensação de calor. E quanto mais alta a temperatura, e mais baixa a umidade do ar, menor será a sensação de calor. Com a temperatura em 38,6ºC e uma umidade em 13%, BH registrou 36ºC de sensação térmica.

A situação poderia ser pior, caso BH mantivesse a umidade relativa do ar de 22% desse domingo (24) e a temperatura máxima desta segunda, por exemplo. Nesse prognóstico o desconforto térmico poderia chegar aos 45ºC.

Claudemir ainda ressalta que a sensação de calor varia de pessoa para pessoa, de acordo com as condições e ambiente que ela se encontra. Crianças e idosos são mais sensíveis aos efeitos do calor.

BH voltou a bater o recorde de temperatura de toda história nesta segunda, após quase três anos. O recorde pertencia ao dia 7 de outubro de 2020, quando a capital registrou 38,4ºC.

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