Universitário denuncia segregação e homofobia em repúblicas da UFOP

Hoje eem Dia
27/03/2015 às 12:34.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:24
 (Facebook/Reprodução)

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O relato de um estudante de engenharia da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), em que ele garante que não foi aceito em repúblicas federais do município por ser gay, ganhou repercussão na cidade universitária. Por causa do clamor, um grupo se reuniu nesta sexta-feira (27) em frente ao Campus Morro do Cruzeiro e, com cartazes nas mãos, pediu o fim da homofobia e da segregação na instituição.    No protesto, batizado de "Bichaço", os manifestantes recolheram depoimentos de pessoas que disseram sofrer preconceito na UFOP e nas repúblicas. O manifesto será entregue para a reitoria da universidade para que a instituição se posicione.   A UFOP foi procurada pela reportagem para falar a respeito da denúncia de segregação nas repúblicas da instituição, mas ninguém foi encontrado para comentar a situação.   Desabafo   No desabafo postado em um blog, um universitário contou que foi rejeitado nas repúblicas federais pelo fato de ser gay. "A partir do momento que eu me assumi, deixei de ser calouro e me tornei mais um gay que chegou na cidade. Alguém que não tem direito de entrar nas repúblicas federais (gratuitas, públicas e – teoricamente – de livre acesso para estudantes que não têm condições de pagar as privadas) e que não deveria se misturar com a tradição universitária ouropretana", postou.   "O incômodo que não passa, no entanto, é o absurdo de conviver com a realidade de que os gays estão segregados, assim como certos cursos, por simples implicância e desinformação. É impossível ignorar o fato de que repúblicas federais deveriam ser para todos, em especial os que delas precisam, e não só para heterossexuais dispostos a passar por trotes mais severos", reclamou o estudante.

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