Universitários mantêm ocupação na reitoria da UFMG

Cerca de 30 universitários continuam acampados na reitoria da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), nesta quarta-feira (26), na região da Pampulha. Os estudantes exigem várias reivindicações e não têm previsão de deixar o local.   O espaço foi ocupado por 100 universitários na tarde de terça-feira (25), mas grande parte se retirou da reitoria após a direção da instituição garantir que a Força Nacional de Segurança (FSN) iria se retirar do campus, uma das reivindicações dos manifestantes. Os membros do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFMG deixaram o local, mas alguns universitários permaneceram para lutar por outras causas.   "O movimento é coletivo, não tem um organizador. Todas as pessoas que estão aqui tem suas pautas para melhoria da instituição", contou o aluno de Geografia, Guilherme Nogara. Conforme ele, o espaço da universidade é um espaço de convivência, decidado à educação. No entanto, a UFMG foi fechada para a realização dos jogos da Copa das Confederações.   "Isso virou estacionamento da Fifa. Todo dia que tem jogo a UFMG é fechada. Hoje deveria ser um dia de aula, mas todas as atividades do campus foram suspensas", se revoltou o universitário. Para ele, a educação superior foi fechada para se tornar espaço da Fifa e a decisão não foi legítima pois os estudantes não participaram do acordo.   O grupo informou que ficará na reitoria até que todas as medidas forem atendidas. "Amanhã (quinta-feira) podemos interromper se julgarmos necessário. Até porque nosso objetivo não é parar os trabalhos na UFMG", disse o universitário. O aluno contou que o grupo está preparado para passar mais uma noite na instituição.   Comunicado   A assessoria da UFMG informou que os universitários foram comunicados sobre o fechamento da instituição nos dias de jogos há 15 dias. Além disso, universidade garantiu que a FNS está do lado de fora da UFMG. Alguns militares do Exército estão na instituição para fazer a segurança do Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN), que é gerenciado pelo Governo Federal.