A disputa por passageiros entre taxistas de carros convencionais (cor branca) e os especiais (pretos), ameaça a qualidade do serviço em Belo Horizonte. Privilégios em pontos de táxis e o preço igual dos serviços são os motivos de discórdia, que nessa terça-feira (1º) ganhou as ruas, num protesto da categoria. Como solução, o sindicato da categoria sugere o aumento das tarifas para os modelo de luxo.
Pela manhã, um grupo de 15 taxistas escancarou o racha em frente a um hotel na avenida do Contorno, bairro Santo Antônio, região Centro-Sul da capital.
As duas “categorias” foram divididas em alguns pontos de táxis. Os especiais, no entanto, teriam levado a melhor, podendo até “furar a fila” na frente dos convencionais. No Aeroporto da Pampulha, a disputa é recorrente entre os 84 motoristas de veículos especiais e os 6.282 dos convencionais, chegando, inclusive, a agressões.
O diretor de Transporte Público da BHTrans, Daniel Marx Couto, disse que tem conhecimento das brigas entre os taxistas e que analisará a unificação dos pontos em nova reunião com sindicato. O aumento da tarifa para os especiais, diz ele, não está previsto.
O presidente do Sindicato dos Taxistas (Sincavir), Dirceu Efigênio Reis, afirma que houve várias tentativas de solucionar o impasse durante reuniões, sem sucesso. E defende um valor superior para os especiais como forma de colocar um ponto final na briga. “Se é um serviço diferenciado, que o preço também seja”.