Valadares fica sem transporte coletivo por causa de manifestação

Ana Lúcia Gonçalves - Hoje em Dia
26/06/2013 às 17:16.
Atualizado em 20/11/2021 às 19:30

GOVERNADOR VALADARES – Pelo menos a metade dos 87 ônibus da Empresa de Transportes Coletivos de Governador Valadares ficaram parados nesta quarta-feira (26), por causa dos protestos realizados na cidade. A empresa é a única que oferece o serviço na cidade, mantém tarifa única de R$ 2,20 e transporta cerca de 60 mil passageiros por dia. Quem depende do transporte, reclama da paralisação.   Os manifestantes querem passe livre para estudantes, passagem a R$ 1,00 para todos e gratuidade para idosos a partir dos 60 anos. Atualmente tem direito ao benefício os maiores de 65 anos. O principal foco da manifestação, que seguia pacífica até o início da noite, era a rua Marechal Floriano, rota obrigatória para a maioria dos coletivos.   Alguns motoristas tentaram outras rotas de fuga, como subir a rua São Paulo e a Afonso Pena, mas não obtiveram sucesso. "É um absurdo. O povo tem que manifestar sem prejudicar os seus pares", reclamou a estudante de Direito Abigail Reis, de 24 anos, que temia não conseguir voltar para casa, no Atalaia. "Se não parar, não dá resultado", atacou o autônomo Eduardo Figueiras, de 37 anos.   Um outro grupo se preparava para fechar a ponte sobre o Rio Doce, na BR-116. “Não vamos desistir. É preciso acabar com esse monopólio de 20 anos que foi renovado para igual período. O serviço é ruim, não respeitam os cadeirantes e a passagem é cara”, diz uma das lideranças do movimento “Vem Pra Rua GV”.   Os manifestantes reclamam também do reajuste da taxa de lixo (13%), da água (26%) e do IPTU que em alguns casos seria superior a 60% e da falta de reajuste dos servidores municipais. É grande a participação de professores no protesto que começou no último sábado. Outra reivindicação é a duplicação da BR-381 até Valadares.   Prefeitura   Em nota, a prefeitura informou que o novo contrato com a Valadarense tem vigência de mais 20 anos e que ela foi a vencedora da licitação que reuniu apenas duas empresas, apesar de 18 terem requisitado o edital. “Neste novo contrato estão incluídas melhorias no transporte coletivo e implantação do bilhete único. Estudos técnicos estão sendo realizados para analisar a viabilidade ou não da alteração da tarifa”, informou a prefeitura, por meio de nota.

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