Vale garante que água e lama de barragem não são radioativas

Renata Evangelista
31/01/2019 às 10:32.
Atualizado em 05/09/2021 às 16:19
 (Corpo de Bombeiros/Divulgação)

(Corpo de Bombeiros/Divulgação)

O Governo de Minas confirmou, na manhã desta quinta-feira (31), que a água do Rio Paraopeba que foi atingida pela lama da barragem Mina do Feijão, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, apresenta riscos à saúde humana e animal. O líquido e o os rejeitos, contudo, não são radioativos, garante Vale.

Em nota, a mineradora admitiu que usou fontes radioativas na represa, mas afirmou que o método foi substituído por um mecânico, que não apresenta materiais com radiação. "A Vale deixou de utilizar fontes radioativas para medição da densidade da polpa de minério de ferro na usina de beneficiamento do Córrego do Feijão em 2015".

Segundo a empresa, o material radioativo abandonado há quatro anos foi entregue para o Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN), conforme determina a legislação brasileira. "Importante destacar ainda que essas fontes de radiação eram blindadas e seladas. Além disso, a Vale adotava todos os controles necessários e regulamentados para garantir a integridade delas", informou a mineradora.

Perigo

Conforme as secretarias de Saúde (SES-MG), de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), a água do Paraopeba não está adequada para uso e, por isso, não deve ser consumida pela população.

Segundo a nota técnica, "deve ser respeitada uma área de 100 metros das margens". As secretarias dizem, porém, que o contato eventual não causa risco de morte. Ainda conforme o Estado, a orientação é válida desde a confluência do Rio Paraopeba com o Córrego Ferro-Carvão até Pará de Minas.

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