Veículos "sujões" continuarão a trafegar nas estradas de Minas

Celso Martins - Hoje em Dia
25/05/2013 às 07:37.
Atualizado em 20/11/2021 às 18:33

A partir de 5 de junho, começa a valer uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) que determina multa de R$ 127,69 para proprietários de ônibus e caminhões flagrados poluindo o meio ambiente.  A medida valerá apenas nas rodovias. Porém, em Minas Gerais, veículos à diesel desregulados continuarão a trafegar indiscriminadamente, pois a fiscalização é tecnicamente inviável.   O motivo é que as polícias rodoviárias, tanto a Federal (PRF) quanto a Estadual (PMRv), não têm o opacímetro, equipamento que mede o índice de poluentes.   No Estado, são 388.400 ônibus e caminhões emplacados. Segundo a resolução do Contran, a fiscalização nas rodovias poderá ser realizada por todos os órgãos de trânsito estaduais e federais. Além da PRF e PMRv, o Detran também não possui equipamento que mede o índice de poluentes. E não há previsão de quando eles serão comprados.   Idade média   Segundo a Confederação Nacional de Transportes (CNT), a nova legislação afeta diretamente o bolso de milhares de transportadores em todo o país, que terão de investir em manutenção. Dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) mostram que, no Brasil, 870 mil caminhões pertencem a profissionais autônomos, contando com idade média de 16,4 anos.    “Os veículos com mais de 15 anos poluem mais se não for feita a regulagem dos motores. A nova legislação prevê menos tolerância para o caminhão e ônibus mais novo que estiver poluindo”, diz o engenheiro ambiental Marcos Valeriano Santos, especialista em poluição veicular.   Capital   Em Belo Horizonte, a fiscalização para tirar de circulação os veículos a diesel que poluem acima dos índices permitidos começou em 1988, quando foi criada a Operação Oxigênio, em parceria com o Estado.   A prefeitura tem quatro opacímetros. Como a demanda é grande, o município não tem como ceder os equipamentos para a fiscalização nas estradas.   De janeiro a abril deste ano, foram vistoriados1.333 veículos na capital. Desse total, 58 foram reprovados e retirados de circulação. Os outros 1.275 receberam prazo de 15 dias para a realização de reparos e ajustes no motor.   As multas previstas na legislação de Belo Horizonte variam de R$ 272 a R$ 2.723. Os veículos parados nas blitze são identificados com selos do programa.   Leia mais na Edição Digital

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