(Divulgação/Governo de São Paulo)
Minas Gerais investiga 20 queixas de pessoas que tomaram a primeira dose da vacina contra o novo coronavírus indevidamente. As denúncias foram recebidas na Ouvidoria-Geral do Estado (OGE), que também anotou, em uma semana de campanha, outras 27 reclamações. As demais são variadas, mas com destaque para a distribuição das vacinas aos municípios.
Conforme a OGE, todas as denúncias passam por uma avaliação e, somente depois, são encaminhadas aos órgãos competentes. Até o momento investigações preliminares foram instauradas. Os casos podem ser levados para comissões de ética e ao Ministério Público, responsável em analisar se houve improbidade administrativa ou crimes como infração de medida sanitária, peculato e apropriação.
Confira alguns casos no Estado e e Brasil afora:
Montes Claros
Em Montes Claros, o prefeito Humberto Souto foi vacinado. Apesar de ter 86 anos, ele está fora do grupo prioritário. Outras denúncias dão conta de que funcionários da administração municipal e pessoas dos setores administrativos de hospitais também estariam sendo beneficiados.
Belo Horizonte
Uma sindicalista da área da saúde, afastada em 2017, é investigada. O nome dela continuava ativo no Sistema de Apuração de Ponto do Trabalhador (SAPT) do hospital. A Fundação Hospitalar (Fhemig) vai abrir uma sindicância para apurar a conduta.
Manaus
Duas médicas, irmãs e recém-formadas, postaram fotos do momento em que foram imunizadas. Elas não atendem pacientes com Covid-19. A publicação gerou revolta, principalmente em meio ao colapso enfrentado pelo sistema de saúde local. O prefeito publicou uma portaria proibindo a divulgação da vacinação nas redes sociais dos servidores.
Serra do Navio (Amapá)
Na cidade, a 203 quilômetros de Macapá, o secretário de saúde e a esposa dele são suspeitos de receber indevidamente a imunização. Um inquérito foi instaurado pelo MP do estado para apurar se ele usou o cargo para ser vacinado, além de beneficiar a mulher.
Outros locais
Denúncias apontam supostas irregularidades em várias outras cidades. Em Candiba, na Bahia, o alvo é prefeito; no Ceará, servidores públicos de Juazeiro do Norte e Eusébio teriam furado a fila; no Distrito Federal, uma força-tarefa verifica se o mesmo ocorreu. Há exemplos também no Pará e na Paraíba.