Três homens suspeitos de participar do crime foram presos
Clara Maria gostava de andar de skate (Instagram/Reprodução)
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) irá apresentar, nesta quinta-feira (13), detalhes do assassinato de Clara Maria Venâncio Rodrigues, jovem de 21 anos que foi assassinada e teve o corpo enterrado em uma casa no bairro Ouro Preto, na região da Pampulha.
A motivação do crime ainda não foi confirmada, mas a suspeita é de que o homicídio teria ocorrido após a jovem ter ido até a casa de um dos suspeitos para receber uma dívida de R$ 400.
Três homens eram suspeitos de envolvimento no crime. Dois foram detidos ainda no bairro Ouro Preto, onde o corpo foi encontrado. Um terceiro foi localizado em Santa Luzia, na região Metropolitana de BH. Todos os envolvidos prestaram depoimento no Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no bairro Lagoinha, região Noroeste de BH, durante a tarde e noite de ontem.
Um dos suspeitos foi liberado pela polícia após as investigações iniciais apontarem que ele não teve envolvimento no assassinato. Outros dois seguem presos.
A polícia quer esclarecer qual o grau de participação de cada um no caso que terminou com a morte de Clara Maria, que estava desaparecida desde domingo (9).
(Reprodução/ Redes Sociais)
Amigos da jovem contaram que Clara Maria Venâncio Rodrigues adorava andar de skate. Ela era natural de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, e morava na capital. A jovem era funcionária de uma padaria artesanal no bairro Ouro Preto, e costumava andar de skate. Um amigo da padaria foi quem denunciou o desaparecimento dela. O estabelecimento publicou uma nota de pesar nas redes sociais lamentando sua morte.
Os amigos de Clara, incluindo o namorado, acreditam que dinheiro não foi a motivação da morte e que o crime foi premeditado.
“Eu acho que não foi uma morte por R$400, tinha alguma coisa por trás, não era só dinheiro. Se fosse só dinheiro, ele poderia falar te pago depois. Ela não se importava com isso, ela não estava cobrando esse dinheiro, ela não precisava desse dinheiro. Ele simplesmente quis fazer isso e usou como isca para ela. Estamos até agora tentando entender o que motivou isso”, falou Leonardo Oliveira em entrevista para a Record.
O namorado se despediu dela por meio das redes sociais. Ele menciona a companheira como uma “pessoa incrível, com um coração imaculado e uma bondade fora do comum”.
“Te conheci por tempo suficiente para saber que você era alguém incrível, com coração imaculado, uma bondade fora do comum. Eu nunca vou te esquecer, independente de quanto tempo passe, você vai ser parte de todos nós. Fica bem”, escreveu o namorado no Instagram.
De acordo com o Boletim de Ocorrência (BO), testemunhas relataram à polícia que Clara trabalhava em uma padaria e saiu do serviço no domingo (9), por volta das 22h, para se encontrar com o suspeito - dono da casa onde o corpo foi encontrado - para receber o pagamento.
Desde então, ela não foi mais vista. Na madrugada de segunda-feira (10), por volta de 2h50, uma das testemunhas recebeu uma mensagem enviada do celular da jovem. Entretanto, ela desconfiou do "linguajar utilizado" e acionou a polícia.
Nesta quarta (12), os agentes da PC se deslocaram até a casa do suspeito e, antes mesmo de entrarem, sentiram “um cheiro de podridão”. O dono da casa autorizou a entrada e os policiais questionaram o homem, que primeiro negou qualquer envolvimento mas depois admitiu que a mulher estava enterrada no local. Na sequência, relatou a participação de outros dois homens no crime.
O corpo da jovem foi encontrado em uma casa no bairro Ouro Preto na manhã de hoje. De acordo com o Corpo de Bombeiros, estava enterrado e coberto por uma camada de concreto, mas a mistura não se encontrava completamente "seca/ rígida", segundo os militares.