Dados foram divulgados nesta quarta-feira (8) pelo IBGE
(Maurício Vieira/Hoje em Dia)
Na passagem de agosto para setembro de 2023, na série com ajuste sazonal, o volume de vendas do comércio varejista em Minas sofreu uma retração de 0,3%. Já no Brasil, o resultado registrado foi um avanço de 0,6%. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (8) pela Superintendência Estadual do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em Minas.
De acordo com o levantamento, no ano de 2023, foram 7 taxas positivas e 2 negativas, o que evidencia que, apesar do recuo em setembro, o setor segue em crescimento. No acumulado do ano (em relação ao mesmo período do ano anterior), Minas Gerais cresceu 2,9%, enquanto que o crescimento no Brasil foi de 1,8%, no mesmo período.
O comércio varejista acumula alta de 1,8% no ano e de 1,7% em 12 meses. O IBGE destaca que, neste cenário, o varejo opera 4,9% acima do patamar pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020, e 1,5% abaixo do maior nível da série histórica da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), atingido em outubro do mesmo ano.
Apenas três das oito atividades analisadas no varejo restrito ficaram no campo positivo: Móveis e Eletrodomésticos (2,1%), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,6%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, e de perfumaria (0,4%). O setor de hiper e supermercados exerceu o maior impacto sobre o resultado positivo do varejo em setembro e está 9,1% acima do patamar pré-pandemia.
“Esse é um setor que pesa muito no indicador e, com avanço de 1,6%, acabou ajudando o varejo a sair da margem de estabilidade. Um dos fatores principais para o resultado dessa atividade é a escolha orçamentária das famílias, que está voltada para os itens de primeiras necessidades. Com o aumento da população ocupada e da massa de rendimento, as pessoas estão usando o rendimento habitual para os gastos em hiper e supermercados e não está sobrando para concentrar em outras atividades”, explica o gerente da pesquisa, Cristiano Santos. Na passagem de agosto para setembro, o setor de hiper e supermercados estava pesando cerca de 56% do total do varejo.