Violência

Vereadora de BH denuncia novas intimidações e diz que até escolta foi ameaçada de morte

Pedro Santos*
pedro.sousa@hojeemdia.com.br
30/10/2023 às 14:49.
Atualizado em 30/10/2023 às 16:25
 (Redes sociais / Reprodução)

(Redes sociais / Reprodução)

A vereadora Iza Lourença afirmou, nesta segunda-feira (30), ter recebido três novas ameaças através do e-mail institucional. Desta vez, além de ter sido chamada de “macaca”, até mesmo os guardas que realizam a sua escolta foram ameaçados de morte, segundo a parlamentar. Em agosto, ela e a vereadora Cida Falabella, também do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), haviam recebido mensagens com intimidações de “estupro corretivo”.

A parlamentar afirmou que das três mensagens recebidas, duas eram de remetentes novos. O terceiro endereço já havia enviado ameaças ao e-mail dela. “Todas elas possuem caráter misógino, LGBTfóbico e racista. Intimidações de estupro corretivo e de morte. Reivindicam os atos golpistas do dia 8 de janeiro, o último atentado que ocorreu em uma escola, onde um aluno matou uma criança, reivindicam até o assassinato da vereadora Marielle Franco”, detalha.

Segundo Iza, um dos remetentes disse que se os guardas municipais, responsáveis pela escolta da vereadora, não forem dispensados, eles serão executados juntamente com a parlamentar. “O que eles querem é tornar a nossa vida tão insuportável, que a gente desista de estar na política. Não queremos ter nossas filhas, famílias e vidas ameaçadas, mas não vamos desistir”, afirma.

Cooperação com o Ministério Público

A Câmara Municipal anunciou nesta segunda-feira (30), a assinatura de um termo de cooperação com o Ministério Público para investigação e proteção das vereadoras Iza Lourença e Cida Falabella, ambas do Partido Socialista e Liberdade (PSOL).

O presidente da CMBH, Gabriel Azevedo (sem partido), garantiu que vai fazer o acompanhamento, junto às autoridades, da situação das vereadoras ameaçadas. Ele também afirmou que o carro do próprio gabinete segue à disposição das parlamentares.

Gabriel informou que as galerias da câmara estão com restrição de acesso, por questões de segurança e também em protesto. "Silêncio é um protesto. Quando uma parlamentar está sendo ameaçada, toda a Casa está sendo ameaçada. A democracia está sendo ameaçada", afirmou.

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