(Maurício Vieira / Hoje em Dia)
Chegou ao fim o funcionamento do Aeroporto Carlos Prates, no bairro Padre Eustáquio, em Belo Horizonte. Neste sábado (1), as atividades aeroviárias foram encerradas, colocando em cheque o emprego de várias pessoas.
Damião do Carmo, de 51 anos, é auxiliar de serviços gerais, é mora no bairro há dois anos. Vive ao lado do aeroporto. E para ele, o processo de fechamento não foi o ideal.
'Não fui a favor do fechamento. O jeito como foi feito tudo corrido, sem dar uma solução para os trabalhadores, achei errado. Podiam ter pensado uma forma melhor”.
Segundo Damião, a movimentação nos últimos dias aumentou. Um vai e vem de caminhões, pessoas e avião subindo e descendo. “As pessoas vinham aqui realizar o procedimento de retirada das coisas, para se despedir do aeroporto. Todos emocionados. Eu vi muito pai de família chorando, com medo do futuro”.
A preocupação com o futuro não é só parte dos usuários do aeroporto. Os moradores também temem o que o local pode virar. Diversas especulações surgiram, entre elas de virar um sambódromo. “Seria uma bagunça ainda maior no bairro. Não teríamos paz”.
Neste sábado, a prefeitura se tornou responsável pela segurança do local. Uma operação especial foi montada, contando com ao menos 180 agentes, drones de vigilância e 10 viaturas.